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Estado de Minas

Trump ataca ex-secretário de Estado por se reunir com Irã


postado em 14/09/2018 21:00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou o secretário de Estado durante o segundo mandato de Barack Obama, John Kerry, por ter se reunido com o ministro das Relações Exteriores do Irã após ter deixado seu cargo.

"John Kerry teve reuniões ilegais com o hostil regime iraniano, que apenas podem servir para minar o nosso grande trabalho em detrimento do povo americano", escreveu Trump no Twitter na quinta-feira à noite.

"Disse a eles que aguardassem a administração Trump!" - continuou, finalizando a sua mensagem na rede social com a palavra "RUIM!".

Kerry, que negociou o acordo nuclear internacional sobre o Irã, assinado em 2015, e do qual Trump retirou os Estados Unidos unilateralmente este ano, explicou durante uma viagem para promover seu novo livro, "Every Day is Extra", que se reuniu com o ministro iraniano Mohammad Javad Zarif "três ou quatro vezes" desde que deixou o cargo e quando Trump já dirigia a Casa Branca.

Sem comentar sobre a legalidade dessas reuniões, o atual secretário de Estado americano, Mike Pompeo, acusou seu antecessor de "minar ativamente a política dos Estados Unidos".

"O que o secretário Kerry fez é indecoroso e sem precedentes", disse Pompeo.

"Ele é um ex-secretário de Estado comprometido com o maior patrocinador estatal de terrorismo do mundo e segundo ele (...) lhes dizia que esperassem esta administração (acabar)", acrescentou.

"Não há nada de raro" em que "os ex-diplomatas se encontrem com suas contrapartes estrangeiras", respondeu um porta-voz de Kerry.

Segundo este porta-voz, o ex-secretário de Estado teve "uma longa conversa telefônica no começo deste ano com o secretário Pompeo", durante a qual "detalhou que aprendeu sobre a posição iraniana".

"Não se ocultou nada a esta administração", acrescentou.

Questionado na quarta-feira pelo apresentador de rádio conservador Hugh Hewitt se havia dado conselhos a Zarif sobre como negociar a decisão de Trump de deixar o acordo, respondeu: "Não, esse não é o meu trabalho".

"O que fiz foi tentar entender o que Irã poderia estar disposto a fazer para melhorar a dinâmica no Oriente Médio", continuou Kerry, que comandou a diplomacia americana de fevereiro de 2013 a janeiro de 2017.

"Fui muito franco com o ministro Zarif e lhe disse que 'vocês devem reconhecer que o mundo não gosta do que está acontecendo com os mísseis, o que está acontecendo com o Hezbollah, o que está acontecendo com o Iêmen'".

Comentaristas conservadores se escandalizaram com as declarações, chamando-as de provas de traição, o que levou alguns a pedirem a prisão de Kerry.

Manisha Singh, secretária de Estado adjunta, disse nesta quinta-feira durante uma audiência no Congresso sobre a chamada diplomacia clandestina, que "é triste que pessoas de uma administração passada tentem comprometer o avanço que estamos tentando fazer nesta administração".

A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, acrescentou: "Eu o vi alardear sobre as reuniões que teve com o governo iraniano e funcionários do governo iraniano. Também vi relatórios de que aparentemente está dando, segundo os informes, conselhos ao governo iraniano. O melhor conselho que deveria dar ao governo iraniano é deixar de apoiar os grupos terroristas em todo o mundo".


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