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Estado de Minas

Residentes de moradias precárias abandonam seus lares ante chegada de Florence


postado em 13/09/2018 17:00

Moradores de um parque de casas precárias pré-fabricadas perto de Wilmington, na Carolina do Norte, se apressam para embalar seus pertences antes que o furacão Florence toque terra na costa leste dos Estados Unidos, e não sabem se terão um lar para o qual voltar.

Localizado entre o rio Cape Fear e o oceano Atlântico, o Royal Palms Mobile Home Park poderia passar, à primeira vista, por um camping de verão.

Mas na verdade abriga famílias de baixa renda que vivem em precárias estruturas de madeira de alguns metros quadrados.

"Casas acessíveis perto da praia!", pode-se ler no site do parque.

À medida que a intensidade do vento aumentava na tarde de quarta-feira, anunciando a iminente chegada de Florence, voluntários de uma igreja hispânica batiam em cada porta urgindo aos residentes que se refugiassem em outro lugar.

Oscar Pérez, morador do local, disse que decidiu ir embora.

"Estas casas são muito frágeis, e com um furacão de categoria quatro a caminho, não temos outra opção senão ir embora", disse este jardineiro de origem mexicana que vive há 12 anos nos Estados Unidos. Florence foi rebaixado depois a furacão de categoria 2, com ventos de 175 km/h.

"Vamos pegar um pouco de comida para sobreviver alguns dias com as crianças e não sabemos o que esperar", acrescentou.

"O mais importante é se manter vivo. O material é secundário", afirmou, enquanto colocava uma tábua em uma das janelas de sua casa pré-fabricada.

- O mais longe possível -

A mala do carro de Alondra Espinoza, estacionado na rua que cruza o parque, está cheia.

"Empacotamos tudo, estamos prontos para partir", disse, enquanto se escutava a voz de uma criança dentro do carro.

"Passamos por furacões anteriormente, mas nunca com crianças", disse. "Se não fosse por eles, não teria me importado em ficar aqui. Mas esta vez é diferente. Quero que nos afastemos o máximo possível daqui e do perigo do furacão".

Espinoza espera que seu lar esteja intacto quando voltar, mas está preparada para o pior.

"Ficaríamos com meu irmão até encontrarmos outro lugar para viver", disse.

Seu vizinho Diego Hernández se prepara para ir a um hotel do centro da cidade com sua família, que tirou os móveis do chão para protegê-los em caso de inundação.

Hernández, recentemente formado no ensino médio, diz que estão levando só o essencial: comida, roupa e os dispositivos eletrônicos que possam carregar.

"Para ser honesto, realmente não sei o que sinto. Mas sei que a coisa vai ficar feia", afirmou.


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