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Estado de Minas

Alta Comissária da ONU aceita reunião com chanceler da Venezuela


postado em 10/09/2018 07:54

A Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, aceitou reunir-se com o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, que deve discursar na terça-feira em Genebra.

"A Venezuela pediu uma reunião com Bachelet e a Alta Comissária se reunirá com o ministro das Relações Exteriores", afirmou à AFP a porta-voz de seu gabinete, Ravina Shamdasani.

Em setembro de 2017, o então Alto Comissário, o jordaniano Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu sem sucesso uma investigação internacional sobre o uso excessivo da força pelas autoridades da Venezuela, considerando que poderiam representar crimes contra a humanidade.

Bachelet fez nesta segunda-feira seu primeiro discurso à frente do Conselho dos Direitos Humanos, que celebra sua 39ª sessão entre 10 e 28 de setembro.

O discurso, que teve uma cópia distribuída à imprensa com antecedência, continha trechos sobre Venezuela, mas que Bachelet não pronunciou diante dos diplomatas.

"Quando se abre esta sessão, o crescente número de pessoas que fogem da Venezuela e da Nicarágua demonstra mais uma vez a necessidade de defender constantemente os direitos humanos", indica o texto do discurso.

"É urgente ajudar os Estados de acolhida a resolver os numerosos problemas que provocam estes movimentos", completa.

"Mas também é fundamental abordar as razões pelas quais as pessoas deixam o país", indicava o texto, com um pedido para que o Conselho tome "todas as medidas disponíveis para enfrentar as graves violações dos direitos humanos" na Venezuela e Nicarágua.

No texto, Bachelet indica ainda que desde a publicação em junho do relatório do Alto Comissariado, a instância "continuou recebendo informações sobre violações dos direitos econômicos e sociais, como os casos de mortes relacionadas com a desnutrição ou doenças que podem ser evitadas, assim como as violações dos direitos civis e políticos".

Também enfatiza que o governo venezuelano "não deu provas de abertura" para colocar em prática "medidas autênticas", com o objetivo de julgar os responsáveis pela violência durante as manifestações em 2017.

A Venezuela enfrenta uma grave crise política e econômica. A reeleição do presidente Nicolás Maduro foi criticada no exterior.

De acordo com a ONU, 2,3 milhões de pessoas abandonara o país desde 2014.


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