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Estado de Minas

Jack Ma deixará a presidência do grupo chinês Alibaba dentro de um ano


postado em 10/09/2018 06:12

O bilionário chinês Jack Ma, que colocou seu país na vanguarda do comércio eletrônica, deixará dentro de um ano a presidência do Alibaba, grupo que fundou em 1999.

Depois de 48 horas de hesitação, Alibaba anunciou finalmente nesta segunda-feira que Ma, que completa 54 anos nesta segunda-feira, deixará o cargo dentro do conselho de administração do gigante do comércio on-line dentro de 365 dias, em 10 de setembro de 2019.

A data coincidirá com o 20º aniversário da fundação do grupo.

"Nenhuma empresa pode depender completamente de seus fundadores. Estou bem posicionado para saber. Ninguém pode exercer eternamente as responsabilidades de presidente e de diretor geral", afirmou o empresário em uma carta enviada aos clientes, funcionários e acionistas.

Em uma entrevista ao jornal New York Times na sexta-feira, Ma anunciou a intenção de dedicar-se a atividades no setor de educação e obras filantrópicas, mas não informou de modo claro a data da aposentadoria.

"Ainda tenho muitos sonhos a perseguir. Quem me conhece sabe que não gosto de ficar parado", afirmou em um comunicado.

Jack Ma, ex-professor de inglês que se tornou um empresário, é, de acordo com a agência Bloomberg, a 19ª pessoa mais rica do mundo, com 40 bilhões de dólares. De acordo com a cotação de sexta-feira, o Alibaba vale US$ 420,8 bilhões.

Dentro de um ano, a presidência passará ao atual diretor geral, Daniel Zhang, informou o grupo.

Ma deixou o cargo de diretor geral do Alibaba e, 2013, mas continua uma figura central na empresa.

O comunicado do grupo destaca que Ma deseja garantir uma "transição tranquila" antes de ceder o cargo a Zhang. O fundador da empresa permanecerá no conselho de administração até 2020.

Alibaba tem 85.000 funcionários e um volume de negócios de 40 bilhões de dólares por ano. Suas plataformas de comércio on-line Taobao e Tmall controlam 60% do mercado chinês.

O gigante da tecnologia também está presente nos setores de tecnologia de dados na nuvem, no cinema e nas finanças.

Alibaba, que também controla o serviço de pagamentos Alipay, contribuiu para transformar a maneira como os chineses fazem suas compras e pagam por elas.

A imprensa chinesa recorda com frequência a infância complicada e os primeiros passos modestos de Ma, que deixou a área da educação para criar o Alibaba em 1999 em seu apartamento de Hangzhou (leste) após um empréstimo de 60.000 dólares de vários amigos.

Depois que investidores americanos rejeitaram suas ideias na ocasião, Jack Ma conseguiu sua revanche em 2014, quando obteve em Wall Street a maior entrada na Bolsa da história, com a captação de 25 bilhões de dólares.

Alibaba aposta agora na inteligência artificial, para dirigir melhor a publicidade e resistir à grande concorrências dos rivais chineses.

O anúncio da saída de Ma foi algo caótico: o jornal New York Times anunciou na sexta-feira que ele deixaria o cargo nesta segunda-feira, o que foi desmentido pelo South China Morning Post, jornal de Hong Kong que pertence ao grupo Alibaba, com a informação de que Jack Ma pretendia anunciar apenas uma "estratégia de sucessão".

Em uma entrevista à Bloomberg TV publicada na sexta-feira já havia dado uma dica, quando afirmou que queria seguir os passos do fundador da Microsoft, Bill Gates, um dos filantropos mais generosos do mundo.


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