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Estado de Minas

Manifestação planetária diante da urgência das mudanças climáticas


postado em 08/09/2018 17:12

Ativistas ambientais saíram neste sábado às ruas em todo o mundo para pedir aos governos o fim das energias fósseis e que ajam urgentemente contra as mudanças climáticas.

De Melbourne a Bangcoc, onde se realiza uma reunião para preparar a COP24, as manifestações começaram na Ásia e na Oceania, seguiram na Europa e continuarão na América.

No total, cerca de 1.000 manifestações e eventos foram organizados em mais de 100 países, como parte do "Rise for climate" ("Levante-se pelo clima").

Na Europa, as concentrações foram realizadas especialmente em Paris e Bruxelas.

Na França, 115.000 pessoas participaram nos atos, segundo os organizadores. Em Paris cerca de 50.000 pessoas desfilaram, segundo essas fontes, embora a polícia tenha reduzido a cifra a 18.000.

"Vou ser pai em dezembro, quero que meu filho tenha um planeta habitável, um lugar onde viver, que possa ter netos", explicou Maxime Lelong, impulsor desta marcha na França.

Além de Paris, as marchas foram realizadas em outras cidades da França, principalmente em Marselha (sul), onde desfilaram 2.500 pessoas, segundo os organizadores, e 700 segundo a polícia.

Além disso, 700 cientistas franceses lançaram neste sábado um chamado, publicado pelo jornal Libération, aos dirigentes políticos para que passem "do encantamento aos atos para se dirigir a uma sociedade sem carbono".

Em Bruxelas, uma concentração organizada diante do Parlamento Europeu reuniu cerca de mil pessoas segundo os organizadores (Greenpeace e Coalition Climat, coletivo de associações e ONGs da sociedade civil belga).

"A ideia era chamar a atenção dos representantes e dos governos desde a capital europeia. Há muitos 'lobbys' aqui e percebemos que as ONGs não têm peso ante eles", declarou à AFP Kim Le Quang, um professor que participou da concentração.

Na Ásia, foi na capital filipina, Manila, que ocorreram as manifestações mais importantes, com 800 participantes. Um deles, disfarçado de dinossauro, carregava um cartaz onde se lia "Go Fossil-free" ("Não use energias fósseis"). O arquipélago filipino depende em grande parte das usinas de carvão.

- "EUA são grande parte do problema" -

Está previsto que esta ação planetária culmine com um grande manifestação em San Francisco, onde será realizada a partir de 12 de setembro a Cúpula Global de Ação Climática, organizada pelo governador da Califórnia em resposta à política antiambientalista do presidente Donald Trump.

Em Bangcoc, cerca de 200 manifestantes se reuniram em frente à sede regional da ONU, onde ocorre até domingo uma reunião de preparação para a próxima cúpula do clima, a COP24, prevista para daqui a três meses na Polônia.

"Condenamos o presidente Trump que se retirou dos acordos de Paris", denunciou em Bangcoc Lidy Nacpil, representante do Asian People's movement in Debt and Developpement, um movimento asiático que reivindica um maior envolvimento dos países ricos, especialmente de Washington.

"Os Estados Unidos são uma grande parte do problema das mudanças climáticas, então têm que fazer parte da solução", disse.

Outros manifestantes criticaram as usinas de carvão, ainda muito utilizadas na Tailândia, e a lentidão com que estão sendo feitas as negociações em Bangcoc para implementar o pacto de 2015.

Na Austrália, os organizadores levaram ao porto de Sydney, em frente à sua emblemática ópera, um barco com o cartaz "Rise for climate".

Centenas de manifestantes se reuniram em frente ao gabinete do primeiro-ministro, Scott Morrison, pedindo que "retire o carvão da política".


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