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Estado de Minas

Parlamento iraquiano se reúne para discutir protestos em Basra


postado em 07/09/2018 11:18

O Parlamento iraquiano anunciou que vai se reunir com vários ministros, neste sábado (7), para abordar a crise social e de saúde em Basra, no sul do Iraque, onde nove manifestantes foram mortos esta semana em protestos violentos.

Desde o início de julho, Basra tem sido palco de uma série de manifestações contra a corrupção dos políticos e a deterioração dos serviços públicos, apesar de ser a região mais rica em petróleo do país.

Esta agitação social foi alimentada por um escândalo de contaminação da água que levou 30.000 pessoas ao hospital.

Desde terça-feira, os protestos diários e incêndios em edifícios públicos deixaram nove mortes entre os manifestantes, de acordo com o chefe do conselho provincial para os direitos humanos, Mehdi al-Tamimi.

As autoridades decretaram um toque de recolher na quinta-feira à noite.

Essa crise ocorre em um momento de paralisia política em Bagdá. Após longos meses de recontagem dos votos das eleições legislativas de maio, o Parlamento iraquiano não chegou a um acordo para eleger seu presidente em sua sessão de abertura na segunda-feira.

No entanto, a instituição anunciou nesta sexta uma reunião extraordinária sobre a crise em Basra, um dia após o apelo do líder xiita Moqtada Sadr, vencedor das eleições, para que o governo apresente "soluções radicais e imediatas".

Este anúncio foi feito poucas horas depois que três morteiros caíram na Zona Verde de Bagdá, onde a sede das autoridades iraquianas e a embaixada americana estão localizadas.

- Negligência -

Moqtada Sadr, ex-chefe de milícia que se tornou defensor das manifestações anticorrupção, deu aos ministros e deputados um prazo para se reunirem até o domingo. Caso contrário, "que deixem seus postos", ameaçou.

Pouco tempo depois, o primeiro-ministro Haider al-Abadi, que busca um segundo mandato em uma coalizão com Sadr, disse estar preparado para comparecer ao Parlamento.

Moqtada Sadr pediu a convocação de "manifestações pacíficas de indignação em Basra", protestos que podem ser estendidos a outras cidades, durante o tradicional dia de mobilização da sexta-feira.

Segundo Mehdi al-Tamimi, "as ruas de Basra se levantaram em resposta a uma política governamental de negligência intencional".

Cansados de esperar por serviços públicos eficientes e pela destituição de autoridades corruptas, os moradores de Basra retomaram os protestos iniciados no início de julho.

Contando com as nove vítimas registradas desde terça-feira, os protestos sociais que começaram em julho no país deixaram 24 mortos.

Em Basra, ativistas de direitos humanos acusaram as forças de segurança de abrir fogo contra os manifestantes, enquanto o governo culpou provocadores e disse que ordenou que as forças policiais não usassem balas reais.

Na quinta-feira, os manifestantes reunidos perto da sede do governo ocuparam outros lugares simbólicos, como sedes de partidos, ou de grupos armados.


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