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Estado de Minas

Bolsonaro é esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora


postado em 06/09/2018 21:00

O candidato à presidência Jair Bolsonaro foi submetido nesta quinta-feira (6) a uma cirurgia após ter sido vítima de uma facada em um ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, em meio à campanha eleitoral para as eleições de 7 de outubro.

"O paciente Jair Messias Bolsonaro deu entrada no hospital por volta das 15h40 com uma lesão por material perfurocortante na região do abdômen. Ele foi atendido na urgência, passou por um exame de ultrassonografia e agora está no centro cirúrgico", informou a Santa Casa em seu site.

Segundo Flávio Bolsonaro, filho do candidato, o pai sofreu "um ferimento mais grave do que se pensava". "A perfuração atingiu parte do fígado, pulmão e parte do intestino e ele perdeu muito sangue".

Mas fontes da Santa Casa de Juiz de Fora, citadas pelo portal G1, descartaram a lesão no fígado e se limitaram a confirmar os ferimentos no intestino.

A Santa Casa convocou uma entrevista coletiva para às 20H30 local desta quinta-feira.

Imagens captadas com celulares se espalharam rapidamente pelas redes sociais mostrando como Bolsonaro era carregado por partidários após receber a facada no abdômen.

O suposto autor do ataque foi detido rapidamente, disse à AFP a tenente Sandra Jabour, da Polícia Militar (PM) de Minas.

Luis Boundens, presidente da Federação de Agentes da Polícia Federal (PF), disse à AFP que as motivações do agressor estão sendo investigadas, incluindo se tem "problemas psicológicos".

O suspeito foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira, militante do PSOL entre 2007 e 2014, confirmou à AFP o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao ser detido, o agressor disse que estava "cumprindo uma missão divina, uma missão de Deus", revelou Boundens.

O presidente Michel Temer se reuniu em Brasília com o ministro da Segurança Pública, Raúl Jungmann, para pedir "um reforço da Polícia Federal na segurança dos candidatos e uma investigação rigorosa dos fatos", informou à AFP a Secretaria de Comunicação da Presidência.

- Repúdio generalizado -

O atentado foi repudiado pelo presidente Michel Temer e pelos demais candidatos.

"É intolerável que em um Estado democrático de direito não haja a possibilidade de uma campanha tranquila", disse Temer.

"Mas que isto sirva de exemplo para que as pessoas que estão fazendo campanha percebam que a tolerância deriva da própria democracia e do Estado de Direito. Não temos Estado de direito se há intolerância. A intolerância geralmente deriva da falta de cumprimento da lei e da Constituição".

Geraldo Alckmin pediu o fim das atitudes de "ódio" e defendeu uma "investigação rápida e um castigo exemplar".

"Repudio totalmente qualquer ato de violência e desejo um breve restabelecimento para Jair Bolsonaro", escreveu no Twitter Fernando Haddad, candidato à vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ciro Gomes anunciou o cancelamento de todas as suas atividades do dia e desejou que Bolsonaro "se recupere para superar este momento e voltar rapidamente ao debate nacional".

Capitão da reserva do Exército e deputado federal, Jair Bolsonaro, de 63 anos, tem 22% das intenções de voto, segundo a pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira.

Segundo Thiago Vidal, analista político da consultora prospctiva, o atentado desta quinta-feira "pode redefinir o processo eleitoral".

"Isto dependerá da maneira como repercutirá nas próximas semanas. Se a narrativa favorecer Bolsonaro, a polarização com a esquerda deve lhe dar maiores chances de chegar ao segundo turno, mas também é preciso considerar a possibilidade de que o episódio radicalize ainda mais a disputa, assustando os eleitores indecisos, levando-os para candidatos mais moderados".


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