(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Trump admite que alcançar paz no Oriente Médio é mais difícil do que se pensava


postado em 06/09/2018 19:24

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu nesta quinta-feira (6) que alcançar a paz no Oriente Médio pode ser mais difícil do que se pensava, em comentários aos líderes judeus no âmbito das festividades de Rosh Hashaná.

Trump, que em maio de 2017 disse que alcançar a paz entre Israel e os palestinos talvez "não seja tão difícil como as pessoas pensaram nos últimos anos", declarou nesta quinta que pode ter se equivocado.

"Toda a minha vida ouvi que esse é o acordo mais difícil de conseguir e estou começando a acreditar que talvez seja", disse em uma conversa por telefone com líderes de fé judaica e o embaixador dos Estados Unidos em Israel, David Friedman, para comemorar o ano novo judeu.

"Mas eu direi que se puder ser alcançado, o alcançaremos", disse, insistindo que sua equipe de enviados regionais, liderada por seu genro, Jared Kushner, "progrediu, acreditem ou não".

Trump causou controvérsias na região quando anunciou que mudaria a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, que é reivindicada pelos palestinos como a sua capital.

Mais de 60 palestinos foram mortos por disparos israelenses durante protestos na Faixa de Gaza no dia da inauguração da nova embaixada, em 14 de maio, em uma cerimônia que contou com a presença de Kushner e de sua esposa, Ivanka, filha do presidente.

A administração Trump também cortou fundos para a agência de refugiados palestinos das Nações Unidas e se retirou do conselho de direitos humanos do organismo mundial, acusando-o de parcialidade anti-Israel.

O governo dos Estados Unidos também cancelou cerca de 200 milhões de dólares em pagamentos à Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) aos palestinos.

Durante a conferência por telefone nesta quinta-feira, Trump disse que a ajuda seria suspensa enquanto os palestinos, que boicotaram sua administração após o anúncio da embaixada, não se sentassem à mesa.

"Os Estados Unidos estavam pagando a eles enormes quantias de dinheiro. E eu diria que obterão o dinheiro, mas não pagaremos até que façamos um acordo. Se não fizermos um acordo, não pagaremos. E isso terá um impacto pequeno", disse.

Alguns analistas alertaram, no entanto, que os recentes cortes no financiamento poderiam inflamar ainda mais as tensões regionais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)