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Estado de Minas

Guerrilha do ELN liberta três militares sequestrados na Colômbia


postado em 05/09/2018 21:54

O ELN libertou nesta quarta-feira três militares que havia sequestrado em 8 de agosto na Colômbia, antes do prazo dado pelo governo para avaliar se retomará os diálogos de paz com a guerrilha.

"É uma boa notícia que três pessoas hoje tenham retornado a suas casas depois de serem vítimas desse flagelo miserável do sequestro, mas o certo é que nós colombianos queremos a libertação de todos os sequestrados", declarou o presidente Iván Duque à imprensa na cidade de Bucaramanga (nordeste).

O mandatário reiterou sua exigência de que o grupo rebelde libere todas as pessoas em seu poder para retomar os diálogos de paz iniciados em 2017.

Os militares foram entregues pela manhã a uma "comissão humanitária" formada pela Defensoria Pública e a Igreja católica, e agora "estão sendo levados" à cidade de Arauca, próxima à fronteira com a Venezuela, indicou o organismo que acompanha os direitos humanos no país.

Os soldados Yair Vega, Juan Pablo Rojas e Eduardo Caro caíram nas mãos dos rebeldes quando se locomoviam pela região nordeste da Colômbia. Segundo o alto comando militar, os três estavam desarmados e viajavam com trajes civis em um veículo.

Nas primeiras imagens divulgadas pela Defensoria, é possível ver os três militares caminhando por uma zona rural e longe deles há um cartaz do grupo guerrilheiro.

"Os soldados foram recebidos em bom estado e atendidos por médicos e psicólogos da Unidade Militar", informou o Exército em um comunicado.

Reconhecida oficialmente como a última guerrilha da Colômbia, o Exército de Libertação Nacional (ELN) havia tomado como reféns os militares junto com outras seis pessoas em ações realizadas ao fim dos diálogos de paz que teve em agosto com o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos (2010-18).

Na terça-feira, a organização guevarista comunicou sua decisão de libertar este grupo de sequestrados de maneira unilateral, após semanas de negociações com o governo em torno dos protocolos que permitiram a entrega.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, exigiu na semana passada a libertação dos sequestrados como um primeiro gesto "vontade de paz" do ELN, antes de uma eventual retomada dos diálogos em Cuba.

Duque disse que só conversaria com o grupo após a "suspensão de todas as atividades criminais" e de um acordo para a "desmobilização, desarmamento e reinserção".

O ELN havia solicitado a presença dos países mediadores, Cuba e Noruega, para supervisionar a operação e afirmou que não pedia nada em troca.

Desde o fim dos diálogos de paz, em agosto, com a administração do ex-presidente Juan Manuel Santos, o ELN sequestrou nove pessoas:: quatro militares, três policiais e dois empreiteiros civis.

Ao assumir o governo, Duque anunciou um prazo de um mês (que termina em 7 de setembro) para decidir se retoma as conversações com o ELN, após o desarmamento e transformação das FARC em partido no ano passado.


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