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Estado de Minas

EUA prende dois iranianos suspeitos de espionagem a instituições judaicas


postado em 20/08/2018 20:42

Dois iranianos que coletaram informações sobre opositores de Teerã e tiraram fotos secretas de instituições judaicas nos Estados Unidos foram acusados nesta segunda-feira (20) de espionar para o governo iraniano.

O Departamento de Justiça divulgou acusações contra o cidadão de dupla nacionalidade iraniana e norte-americana Mohammadi Doostdar e Majid Ghorbani, um iraniano residente na Califórnia, alegando que os dois trabalhavam juntos na vigilância das instituições judaicas e pretendiam penetrar no Mujahedin-e Khalq (o Mujahedin do Povo do Irã ou MEK), um grupo de dissidentes iranianos no exílio.

Os dois foram presos em 9 de agosto, mas as acusações não foram reveladas por um tribunal de Washington até esta segunda-feira.

Segundo o tribunal, Doostdar, de 38 anos, que mora no Irã, viajou para Chicago em julho de 2017, onde agentes o observaram tirando fotos do Centro Hillel e da Casa Rohr Chabad, ambos centros comunitários judaicos, perto da Universidade de Chicago.

A acusação não explicou por que ele tirou as fotos, mas informou que depois ele viajou para a Califórnia, onde conheceu Ghorbani, aparentemente pela primeira vez.

Dois meses depois, Ghorbani, de 59 anos, viajou para Nova York por um dia, onde assistiu a uma reunião da MEK e tirou fotos de pessoas presentes.

Em dezembro, Doostdar viajou de volta à Califórnia para obter as informações da MEK. Em conversas entre eles registradas pelo FBI, Ghorbani mencionou tentar "penetrar" no grupo, enquanto Doostdar falava em ser dirigido por outros para coletar as informações.

"Eu vou dar para os caras fazerem suas pesquisas", disse ele sobre as fotografias.

A acusação diz que ele pagou US$ 2.000 para Ghorbani em suas reuniões.

Em março e abril deste ano, Ghorbani foi para o Irã, onde, de acordo com a acusação, informou a funcionários do governo sobre suas informações sobre a MEK e recebeu uma lista de "tarefas" para se infiltrar no grupo dissidente.

Em maio, Ghorbani participou da Convenção da Liberdade dos Irã para os Direitos Humanos, apoiada pelo MEK, em Washington, como parte da delegação da Califórnia, onde também fotografou os participantes, inclusive posando em frente à Casa Branca.

Doostdar e Ghorbani foram acusados de agir como agentes não registrados do governo iraniano e fornecer ao governo do Irã serviços que violam as sanções.


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