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Estado de Minas

Após vazamento de gravação, Trump chama ex-assessora de 'cadela'

Trump intensificou os insultos a um nível raramente visto inclusive para ele, nada propenso a poupar palavras contra seus críticos


postado em 14/08/2018 20:48 / atualizado em 14/08/2018 21:35

Trump advertiu sua ex-assessora de que há um acordo de confidencialidade e, segundo a imprensa americana, a equipe do presidente pretende levá-la a julgamento(foto: Flickr)
Trump advertiu sua ex-assessora de que há um acordo de confidencialidade e, segundo a imprensa americana, a equipe do presidente pretende levá-la a julgamento (foto: Flickr)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta terça-feira (14) de "cadela" Omarosa Manigault Newman, em uma escalada verbal contra a sua ex-assessora, e que participou de seu reality-show "O Aprendiz", em um momento no qual ela publica um explosivo livro sobre a sua experiência na Casa Branca.


Omarosa, como todos a chamam, lança suas memórias em meio a um escândalo de gravações secretas e acusações cruzadas após deixar, em janeiro, o seu trabalho de 180.000 dólares anuais como assistente do presidente.


Esta mulher que tem monopolizado as manchetes há alguns dias, após divulgar conversas privadas com o presidente e com seu chefe de gabinete, John Kelly, lança um livro no qual Trump aparece como racista, mentiroso, misógino e com fobia de germes.


Trump, a quem Omarosa acompanha há 15 anos - primeiro como participante em seu programa de TV "O Aprendiz", depois como militante entusiasta de sua campanha eleitoral e mais tarde como uma de suas assistentes -, já a havia chamado de "delinquente" após revelar o áudio de quando Kelly lhe comunicou a demissão, aparentemente na sala de crise da Casa Branca.


Depois lhe chamou de "louca", "maliciosa", "não inteligente", "desagradável" e "perdedora", ao divulgar na segunda-feira uma conversa entre os dois depois de sua saída do gabinete de relações públicas da Casa Branca.


Mas nesta terça, Trump intensificou os insultos a um nível raramente visto inclusive para ele, nada propenso a poupar palavras contra seus críticos.


"Quando você dá um tempo a uma demente, delinquente chorona, e dá a ela um trabalho na Casa Branca, acho que isso simplesmente não funciona. Bom trabalho do general Kelly por ter rapidamente demitido essa cadela!", tuitou Trump.


"Como o presidente se atreve a chamar Omarosa ou qualquer outra mulher negra de cachorra?!" - reagiu indignada a congressista democrata Frederica Wilson.


A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, entrou na polêmica para destacar que os insultos de Trump nada têm a ver com raça ou gênero.


"O presidente é uma pessoa que dá as mesmas oportunidades a todos e chama as coisas como as vê. Sempre age com paixão em todos os âmbitos".


Omarosa, de 44 anos, justificou a gravação à CBS News, em uma evidente violação da confiança presidencial, por ser "o tipo de pessoa que se protege. No mundo Trump, todo mundo mente".


"Todos dizem uma coisa num dia e mudam a versão no dia seguinte. Queria ter esse tipo de documentação no caso de me encontrar nesta posição, na qual, como você disse, estão questionando a minha credibilidade", acrescentou.


Trump advertiu a sua ex-assessora de que há um acordo de confidencialidade e, segundo a imprensa americana, a equipe do presidente pretende levá-la a julgamento por não cumpri-lo.


Katrina Pierson, uma das participantes desta conversa, negou a versão de Omarosa dessa conversa no livro, durante uma entrevista na Fox News realizada antes da CBS emitir o áudio.


Apresentado como "um livro de leitura obrigatória" para qualquer cidadão, "Unhinged: An Insider's Account of the Trump White House" está disponível em livrarias e plataformas digitais.


"Nada tem mais significado para Donald do que ele mesmo", escreve Omarosa, assinalando que Trump dorme separado de sua esposa, Melania, e levou uma cama de bronzeamento para a Casa Branca.


Além disso, diz que o presidente pode ser um empresário brilhante, mas é um "analfabeto funcional", propenso ao "esquecimento" e à "frustração" e está em um estado de "declínio mental" que "não se pode negar".


 


 


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