O Mali realizou neste domingo o segundo turno de sua eleição presidencial para determinar se Ibrahim Boubacar Keita permanecerá por mais um mandato no comando do país. Ele enfrentou o líder da oposição Soumaila Cisse. O comparecimento nos locais de votação foi baixo e as urnas foram fechadas em meio a ataques e ameaças de violência por extremistas islâmicos.
O presidente da aldeia de Arkodia, na região de Timbuktu, foi morto, quatro mesários foram agredidos fisicamente e locais de votação foram incendiados, de acordo com o Centro de Observação dos Cidadãos de Mali, que contou com mais de 2 mil observadores.
A organização relatou diversos incidentes neste domingo, como outros episódios de ataques a funcionários e locais de votação. No norte e centro de Mali, mais de 50 sessões eleitorais fecharam antes do meio-dia por causa das ameaças de extremistas nessas regiões.
Na última sexta-feira, autoridades prenderam três jiradistas que disseram estar preparando um ataque durante a votação na capital do Mali, Bamako, informou o porta-voz do exército do Mali, Coronel Idrissa Traore.
Nos locais de votação que tiveram acompanhamento de observadores, a taxa de comparecimento foi de cerca de 8,1%. Contudo, nem todas as sessões eleitorais foram acompanhadas e a comissão eleitoral ainda não deu a estimativa oficial de comparecimento dos eleitores.
No primeiro turno, em 29 de julho, extremistas mataram três funcionários eleitorais e destruíram alguns materiais de votação. Quase 43% dos eleitores foram às urnas no mês passado.
Mali ficou mais insegura desde que Keita venceu Cisse nas eleições de 2013. Ainda assim, um segundo mandato para Keita parece provável. Ele recebeu 41,7% dos votos no primeiro turno, quando 24 candidatos disputavam a presidência, e ganhou apoio de alguns candidatos no segundo turno.
Fonte: Associated Press.