A Promotoria da Colômbia revelou neste domingo que foram emitidas ordens de captura contra os integrantes da direção da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) e 11 comandantes, pelo recrutamento de 121 menores.
Juízes das cidades de Cúcuta e Arauca, na divisa com a Venezuela, Popayán (sudoeste), Pasto (fronteiriça com o Equador) e Quibdó (noroeste) ordenaram as capturas em fevereiro e julho.
"Cinco integrantes do denominado Comando Central do ELN (Coce) e outros 11 comandantes das frentes de guerra deverão responder pelo recrutamento", informou a promotoria.
O órgão detalhou que a captura do chefe rebelde conhecido como Pablo Beltrán está suspensa devido às negociações por um acordo de paz que os rebeldes iniciaram em 2017.
A diretora da unidade especial de investigação, Martha Mancera, indicou que foram detectados "121 recrutamentos ilícitos", de 49 meninas e 72 meninos.
"São crianças a partir de sete anos (...) agora se encontram em atividades próprias de sua infância", acrescentou.
No sábado, a Defensoria do Povo denunciou que 24 menores foram recrutados por essa guerrilha nos últimos seis meses.
O presidente colombiano, Iván Duque, advertiu que serão adotadas ações contundentes contra os armados caso essa prática continue, assim como a do sequestro.
A procuradoria afirmou que o recrutamento forçado é uma "diretriz criminal ordenada pelo Comando Central (Coce) aos comandantes das frentes de guerra do ELN".
O ELN, a última guerrilha ativa na Colômbia, intensificou suas ações armadas após o fim de um ciclo de diálogos, em 1 de agosto em Cuba.
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