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Estado de Minas

A ilha de Lesbos, três anos depois do início da crise migratória


postado em 12/08/2018 15:00

Há três anos, a ilha grega de Lesbos esteve no epicentro da crise migratória de 2015, a mais importante na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

No momento de maior intensidade da crise dos refugiados, cerca de 5.000 demandantes de asilo - sírios em sua maioria - chegavam diariamente à costa de Lesbos no verão de 2015.

Centenas deles morreram afogados. Mais de 800 pessoas, entre elas muitos menores de idade, faleceram em 2015 no leste do Mediterrâneo.

As autoridades de Lesbos se viram rapidamente assoberbadas com a situação e sua responsabilidade de registrar os refugiados e alojá-los.

Até a chegada de ONGs e de grupos voluntários, os habitantes locais lhes deram comida e roupa, oferecendo, em muitos casos, um teto a esses migrantes.

Três anos depois, a situação mudou de forma radical em Lesbos.

Após a assinatura do acordo entre UE e Turquia em março de 2016, no qual as autoridades turcas aceitaram impedir a passagem de migrantes clandestinos em troca de ajuda econômica, reduziu-se de forma significativa a chegada de estrangeiros ao litoral da Grécia.

Embarcações da agência europeia de controle das fronteiras, a Frontex, e da Otan patrulham as águas do Mediterrâneo oriental.

Hoje, entre 35 e 80 pessoas chegam por dia à costa grega.

Cerca de 9.500 refugiados tentam sobreviver no campo de acolhida de Moria, o que dobra a capacidade desse acampamento de Lesbos.

As autoridades dessa ilha grega tentam afastar os refugiados das praia mais turísticas. Depois do desembarque em Lesbos, eles são transportados para campos de refugiados.

Também retiram do litoral os coletes salva-vidas, os botes infláveis e outros objetos que expõem a chegada de imigrantes.

Vários turistas ignoram que, na mesma areia onde tomam sol, milhares de refugiados chegaram em busca de uma vida segura. E muitos deles ainda não a encontraram.


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