Os videogames comercializados na Alemanha poderão incluir símbolos e referências nazistas, contanto que estes não tenham como objetivo a propaganda, anunciou nesta quinta-feira a autoridade alemã de regulação destes jogos.
Até hoje, e ao contrário do que acontece com o cinema ou outras representações culturais, os videogames tinham que respeitar um artigo do código penal que proíbe os símbolos inconstitucionais, especialmente tudo que faz referência ao período nazista.
A suástica que aparece em certos jogos, como em "Call of Duty" ou, mais recentemente, em "Wolfenstein II: The New Colossus", nos que os personagens nazistas têm um papel crucial, foi transformada em um triângulo nas versões alemãs.
A autoridade de regulação alemã (USK) não autorizará os símbolos de forma global e estudará cada caso para saber se a presença de tais símbolos em um jogo é "socialmente apropriada".
"A adequação social significa que os símbolos de organizações anticonstitucionais podem ser utilizados em um título, com a condição de que isto sirva à arte ou à ciência, à representação da atualidade ou à história", explicou a USK em um comunicado.
Em 2017, o lançamento de "Wolfenstein II", um jogo em que o jogador tem que matar nazistas, gerou um forte debate na Alemanha.