(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Medalha presidencial da Bolívia é recuperada após ser roubada em prostíbulo


postado em 08/08/2018 17:00

A histórica medalha presidencial da Bolívia, uma joia de ouro e pedras preciosas que data da fundação da República, em 1825, foi recuperada sem qualquer dano, após ter sido roubada na noite de terça, quando o encarregado de guardá-la estava em um prostíbulo, informou nesta quarta-feira (8) um chefe policial.

A medalha e uma faixa presidencial bordada com fios de ouro foram abandonadas pelos ladrões no pátio de uma igreja no centro de La Paz, segundo o coronel Jhonny Aguilera, chefe de uma Força Especial de Luta contra o Crime (FELCC).

"Graças à cooperação da Unitel", um canal de televisão que recebeu um telefonema anônimo, "recuperamos os símbolos (pátrios) em sacos pretos" dentro dos quais havia "duas mochilas onde estavam a joia presidencial e a faixa", disse Aguilera a jornalistas.

As duas peças foram roubadas na noite de terça-feira de dentro de um carro Renault, enquanto seu vigia, o tenente Roberto Juan de Dios Ortiz Blanco, estava em um prostíbulo.

O tenente devia levar a medalha e a faixa presidencial para a cidade de Cochabamba, mas seu voo sofreu um atraso e durante a espera, ele decidiu visitar vários prostíbulos, segundo um registro policial mencionado pela imprensa.

"Entrei em vários destes locais (prostíbulos), diferentes locais, para depois retornar aonde tinha deixado meu automóvel. Quando cheguei, minha mochila tinha sido subtraída, contendo em seu interior os símbolos pátrios", declarou Ortiz Blanco ao denunciar o roubo à Polícia.

A medalha foi encontrada "em perfeito estado", acrescentou Aguilera.

- Busca por suspeitos -

Segundo o chefe da Polícia, já foram identificados "os autores do fato, os quais continuamos procurando". Junto com batidas em residências, a Polícia exerce controles nos postos fronteiriços com o Peru, visto que "temos certeza de que se trata de dois cidadãos peruanos que realizaram o roubo".

O tenente Ortiz Blanco devia levar os objetos a Cochabamba (centro) porque o presidente Evo Morales devia utilizá-los nesta quarta-feira durante a parada militar pela fundação das Forças Armadas em Cochabamba (centro), mas não as usou, nem se referiu ao roubo em seu discurso.

A última vez em que Morales exibiu os símbolos presidenciais foi em 6 de agosto, durante a celebração do 193º aniversário da independência nacional.

Um comunicado do Ministério da Defesa havia informado anteriormente que o "oficial encarregado" da segurança da medalha foi detido e que "foi aberta uma investigação (que inclui) os comandos da Casa Militar", que devem prestar segurança nos deslocamentos da joia.

"É um golpe brutal para a República, para o Estado", reagiu o ex-presidente Carlos Mesa.

A medalha presidencial foi um presente do Congresso da recém-fundada república Bolívar (hoje Bolívia) ao seu fundador, Simón Bolívar, em 1825, e foi usada como medalha presidencial por Antonio José de Sucre, desde 1826.

Sua perda "equivale ao roubo da coroa da rainha Elizabeth II da Inglaterra", explicou o ex-presidente Mesa.

A joia de ouro, encrustada com diamantes, costuma ser guardada em uma abóbada de segurança do Banco Central, mas é ocasionalmente entregue à Presidência para atos oficiais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)