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Estado de Minas

Justiça austríaca indicia 5 estudantes por tendências nazistas


postado em 08/08/2018 12:00

O Ministério Público da Áustria apresentou acusações contra cinco estudantes do ensino médio suspeitos de apresentar tendência nazista à margem de um curso que tinha como objetivo pedagógico justamente evitar a doutrinação.

"Um procedimento foi iniciado com base na lei contra as atividades nazistas", afirmou o promotor Johann Fuchs, confirmando uma informação do jornal Kurier.

Os incidentes aconteceram depois que uma professora de uma escola de Zurndorf (leste) determinou que os alunos assistissem em março o filme americano de 1981 "A Onda" (The Wave), além de ler o livro de mesmo título publicado por Todd Strasser, com o pseudônimo Morton Rhue.

As obras, frequentemente usadas com fins pedagógicos, são inspiradas em uma experiência real, de 1967, organizada por um professor de História na Califórnia.

O professor americano, que queria demonstrar o mecanismo de doutrinação nazista, recrutou deliberadamente os seus alunos para uma experiência de caráter fascista, mas o exercício saiu de controle.

Em Zurndorf, a leitura do livro e a exibição do filme provocaram problemas similares, de acordo com os primeiros elementos da investigação.

Durante os intervalos, alguns alunos da turma se tornaram agentes da "SS" e outros assumiram o papel de "porcos judeus" que terminavam em uma "câmara de gás", afirmou o jornal Kurier.

O suposto líder do grupo, de 15 anos, exigia ser recebido com a saudação nazista.

O MP de Eisenstadt abriu uma investigação sobre os atos de 10 estudantes: cinco foram acusados e os outros não têm a idade mínima para um processo penal (14 anos na Áustria).

O suposto líder afirmou em sua defesa que "ninguém levou a sério" os rituais e admitiu que fez uma "grande bobagem".

A Áustria, muito associada aos crimes do 'Terceiro Reich' após sua anexação pela Alemanha em 1938, adotou em 1947 uma das legislações mais rígidas do mundo contra o revisionismo, o negacionismo e qualquer atividade neonazista.

O país é governado desde dezembro por uma coalizão de conservadores, integrada pelo partido de extrema-direita FPÖ, criado por ex-nazistas após a Segunda Guerra Mundial.


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