A inflação no Brasil desacelerou fortemente a 0,33% em julho, em relação a junho, quando disparou a 1,26% por conta da greve dos caminhoneiros que parou o país, informou nesta quarta-feira o IBGE.
A expectativa média dos 37 analistas consultados pelo jornal Valor era de que a inflação ficasse em torno de 0,27%.
Em comparação com julho de 2017, o aumento de preços (índice IPCA) foi de 0,24%.
As principais quedas mensais nos preços se deram nos alimentos e bebidas, que caíram 0,12% em julho, depois de terem subido 2,03% em junho.
Os que mais subiram foram os preços da habitação, 1,54%, apesar de bem menos que em junho, quando aumentaram 2,48%.
Nos primeiros sete meses do ano, o aumento dos preços foi de 2,94%, frente a 1,43% no mesmo período do ano passado.
No acumulado de doze meses até julho deste ano, a alta foi de 4,48%.
O índice de inflação desacelerou rapidamente nos últimos dois anos no Brasil, passando de 10,67% em 2015 a 6,29% em 2016 e a 2,95% em 2017, em um contexto de recessão econômica ou frágil crescimento.
Apesar do salto a 1,26% como reflexo da greve dos caminhoneiros, o IPCA evolui dentro das metas do Banco Central, de um aumento de preços de 4,5% este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A expectativa do mercado é de um aumento de preços 4,11% em 2018 e de 4,10% em 2019.