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Estado de Minas

Turistas abandonam ilha de Lombok e autoridades procuram sobreviventes de terremoto


postado em 07/08/2018 06:54

Centenas de turistas seguiam nesta terça-feira para o aeroporto de Lombok para abandonar esta ilha da Indonésia, cenário de dois terremotos em oito dias, enquanto as equipes de resgate ainda procuram sobreviventes.

O terremoto de domingo, de 6,9 graus de magnitude, deixou 105 mortos e destruiu milhares de edifícios, de acordo com um balanço atualizado.

O tremor aconteceu apenas uma semana depois de outro, no dia 29 de julho, que deixou pelo menos 17 mortos na mesma ilha.

As equipes de resgate procuram sobreviventes entre os escombros das casas, mesquitas e escolas que desabaram no terremoto de domingo passado, que também foi sentido na ilha de Bali, principal destino turístico do país.

Em Lombok, mais de 20.000 pessoas estão desabrigadas e 236 feridos se encontram em condição, de acordo com as autoridades, que lamentaram a falta de médicos e de produtos básicos.

Nesta terça-feira, as equipes de emergência retiraram os escombros de uma mesquita que desabou no momento da oração de domingo na localidade de Lading-Lading, ao norte de Lombok, a zona mais afetada.

Vídeos publicados na internet mostram o resgate de um sobrevivente na segunda-feira entre os fragmentos de cimento e barras de metal do templo destruído.

O homem não conseguiu conter o choro após o resgate, enquanto um dos socorristas afirmava: "Já está a salvo, já está a salvo.

As autoridades também retiraram mais de 4.600 turistas das Ilhas Gili, três pequenas ilhas a poucos quilômetros da costa noroeste de Lombok, muito procuradas por mochileiros e mergulhadores.

O porto de Bangsal, que liga Lombok às Ilhas Gili, estava lotado de turistas e alguns lamentavam a falta de coordenação das autoridades e as dificuldades para chegar a ao aeroporto.

"Muitas pessoas querem ir embora de Lombok pelos boatos infundados de tsunami", afirmou à AFP Muhammad Faozal, diretor da agência de turismo da província.

A direção do aeroporto de Lombok informou que as companhias aéreas disponibilizaram voos adicionais e que as pessoas que chegaram ao terminal receberam cobertores e comida.

Alguns turistas, no entanto, reclamam da falta de informações e das dificuldades durante a operação de retirada.

"Não tínhamos energia elétrica e nenhuma informação sobre o que deveríamos fazer", disse à AFP o turista francês Laurent Smadja, que estava em Gili Meno, uma das três ilhas Gili.

Smadja lamentou a concentração dos esforços de resgate em Gili Trawangan, a maior das três ilhas.

"Vimos quando todos partiam de barco, mas ninguém apareceu para nos buscar", afirmou o francês.

"Finalmente, saímos com os moradores (da ilha). Um barco veio e seguimos para o cais", relatou, antes de explicar que seguiram viagem até o aeroporto internacional de carro.

A Indonésia, um arquipélago de 17.000 ilhas e ilhotas, está localizada no que é conhecido como o "cinturão de fogo" do Pacífico, uma área de forte atividade sísmica e vulcânica. Embora o país registre inúmeros terremotos, a maioria não oferece riscos.


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