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Estado de Minas

Canadá se preocupa com expulsão de seu embaixador na Arábia


postado em 06/08/2018 18:54

O Canadá expressou nesta segunda-feira (6) preocupação com a expulsão de seu embaixador em Riade, anunciada pela Arábia Saudita em resposta às reiteradas críticas de Ottawa à repressão contra ativistas de direitos humanos.

"Deixe-me ser muito clara: [...] o Canadá sempre apoiará os direitos humanos, no Canadá e em todo o mundo, e os direitos das mulheres são direitos humanos", afirmou a ministra de Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, nesta segunda, na abertura de uma conferência sobre igualdade em Vancouver, uma referência explícita à crise com Riade.

A Arábia Saudita anunciou no domingo a decisão de expulsar o embaixador do Canadá em Riade e de chamar para consultas seu embaixador em Ottawa, devido a uma "ingerência" cometida, segundo ela, em seus assuntos internos.

As medidas decididas por Riade incluem também o congelamento das relações comerciais com o Canadá.

O reino da Arábia Saudita "não aceitará ingerências em seus assuntos internos", declarou o ministério saudita de Relações Exteriores, depois que a embaixada do Canadá pediu a libertação de militantes pró-direitos humanos presos.

"O reino anuncia que chama a consultas seu embaixador no Canadá", informou o ministério saudita.

O embaixador do Canadá em Riade, Denis Horak, tem 24 horas a partir do anúncio para abandonar o país e o reino decidiu "congelar novas transações relacionadas com o comércio e os investimentos" com o Canadá, acrescentou essa fonte.

Freeland já tinha criticado na semana passada a prisão de Samar Badaui e sua mulher Nasima al Sadah, dois militantes de direitos humanos na Arábia Saudita, e as últimas vítimas do que a ONG Human Rights Watch chamou de "repressão governamental sem precedentes contra o movimento dos direitos das mulheres".

"Pedimos às autoridades sauditas que os libertem imediatamente, assim como a todos os demais ativistas pacíficos pró-direitos humanos", declarou embaixada na sexta-feira em um comunicado publicado no Twitter.

Badawi foi preso na semana passada com a também ativista Nassima al-Sadah, sendo "as mais recentes vítimas de um cerco governamental sem precedentes sobre o movimento de direitos das mulheres", informou o grupo de defesa de direitos humanos Human Rights Watch.

As detenções ocorreram semanas depois que uma dezena de ativistas pelos direitos femininos foram detidas e acusadas de minar a segurança nacional e colaborar com os inimigos do Estado. Alguns foram libertados desde então.

O ministério saudita das Relações Exteriores expressou sua reprovação com relação ao comunicado da embaixada.

"É muito lamentável que as palavras 'libertação imediata' constem do comunicado canadense", declarou o ministério. "É inaceitável nas relações entre os dois países".


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