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Estado de Minas

Balanço de atentado contra mesquita xiita no Afeganistão sobe para 35 mortos


postado em 04/08/2018 19:30

As autoridades do Afeganistão atualizaram neste sábado (4) para 35 mortos e 94 feridos o balanço do atentado suicida de sexta-feira contra uma mesquita xiita de Gardez, cidade do leste do país, um ataque reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

"Entre os 35 mortos, três eram crianças", declarou à AFP Shamim Khan Katawazi, governador da província de Paktia, que tem Gardez como capital.

O atentado aconteceu na sexta-feira, quando dois homens-bomba, disfarçados de mulheres para dissimular a carga explosiva debaixo de burcas, entraram no templo no momento da oração e abriram fogo contra os peregrinos, antes de ativar os explosivos.

"Entre os 94 feridos, 17 se encontram em estado crítico e foram levados de helicóptero para Cabul", informou o governador.

O balanço anterior registrava 29 mortos e 81 feridos.

O chefe da polícia da província, o general Raz Mohammad Mandozai, confirmou o novo número de vítimas.

Esta não foi a primeira vez que autores de atentados recorreram a burcas para concluir sua ação, aproveitando-se do fato de que as mulheres raramente são revistadas.

O grupo Estado Islâmico reivindicou o atentado na noite de sábado através de seu órgão de propaganda, Amaq, segundo o site americano Site, especializado na vigilância dos grupos islamitas e extremistas.

Os talibãs tinham destacado rapidamente depois do ataque que não tinham nada a ver com esse massacre, apontando implicitamente o EI.

"Estava em casa, escutei a explosão e corri para a mesquita e encontrei o corpo do meu filho entre os mortos. Custa-me aceitar que já não estará junto de mim", contou Sayed Moharram, de 40 anos, durante os funerais.

"Os inimigos do Afeganistão querem semear a divisão entre nós, mas o único que fazem é reforçar o ódio contra eles", assegurou.

Há dois anos, a minoria xiita do Afeganistão é alvo de ataques reivindicados ou atribuídos ao EI.

Mas é a primeira vez que uma mesquita xiita é alvo de um ataque na instável província de Paktia, fronteiriça com zonas tribais do Paquistão.

Há dois anos a minoria xiita do Afeganistão tem sido alvo de ataques atribuídos aos extremistas do EI.

Em julho, um atentado suicida do EI perto do aeroporto internacional da capital, Cabul, deixou 23 mortos, incluindo Mohammad Akhtar, motorista da AFP.

Ao menos 1.692 civis afegãos morreram em atentados nos primeiros seis meses de 2018, o primeiro semestre mais violento no país desde 2009, de acordo com a ONU.


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