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Estado de Minas

Confira os instantâneos dos aspirantes ao Planalto


postado em 04/08/2018 08:30

A eleição presidencial, com primeiro turno em 7 de outubro, é considerada a mais imprevisível em décadas. Segue um retrato dos principais aspirantes a subir em janeiro a rampa do Palácio do Planalto.

- Lula: preso, mas ainda favorito -

Ex-engraxate e metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva se tornou um dos presidentes mais populares do Brasil e agora quer voltar ao poder. O único problema é que ele cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por causa do apartamento tríplex no Guarujá, que ele teria recebido como propina da construtora OAS.

O ex-presidente de 72 anos insiste em que o caso foi forjado para tirá-lo da corrida presidencial. O fato é que a Lei da Ficha Limpa, condenados em segunda instância, como Lula, ficam impossibilitados de ser candidatos.

Lula, que governou de 2003 a 2010, apela da decisão e, mesmo preso, é o líder absoluto nas pesquisas de intenção de voto, que o colocam na liderança no primeiro turno e vencendo com facilidade no segundo.

No sábado, o Partido dos Trabalhadores (PT), cofundado por Lula, deve anunciá-lo como seu candidato à Presidência. Depois disso, caberá à Justiça decidir se ele poderá disputar as eleições.

- Bolsonaro: militar sem papas na língua -

Capitão do Exército na reserva, Jair Bolsonaro, de 63 anos, é frequentemente chamado de Donald Trump brasileiro, em alusão ao presidente americano criticado pelas posições extremas e declarações polêmicas.

Ele não só consegue sair incólume de declarações ultrajantes, mas também usa a atenção que desperta para se apresentar como um 'outsider' pronto a acabar com uma elite corrupta e incompetente. Os alvos favoritos de seus ataques são os gays, as mulheres e as vítimas de tortura durante a ditadura militar (1964-85).

Apesar da imagem de originalidade, construída nas mídias sociais, Bolsonaro integra a Câmara dos Deputados desde 1991.

No entanto, o candidato da ultradireita é uma exceção em meio aos muitos políticos investigados por corrupção, uma vantagem em um sistema no qual quase todos os partidos e grande parte do governo estão envolvidos em escândalos.

As pesquisas de opinião situam o candidato do Partido Social Liberal (PSL) em segundo lugar, atrás de Lula, embora não o coloquem como vencedor no segundo turno.

- Marina Silva: a sobrevivente -

Negra, ex-doméstica e livre de acusações de corrupção, Marina Silva (Rede) é uma política atípica no cenário nacional.

Aos 60 anos, ela superou uma infância difícil no Acre, foi companheira do líder seringueiro Chico Mendes (morto em 1988) na floresta amazônica e se tornou uma corajosa ambientalista, antes de entrar em um mundo político amplamente dominado por homens no Brasil e se tornar ministra do Meio Ambiente no governo Lula.

Tem no currículo bons desempenhos nas duas corridas presidenciais que disputou, em 2010 e 2014. No entanto, é frequentemente criticada por aparentemente silenciar nos intervalos entre campanhas e não deixar claras as suas posições.

Marina será anunciada candidata do partido Rede, que ela fundou, no sábado. Pesquisas de opinião a colocam próxima de Bolsonaro e possivelmente derrotando-o em uma disputa de segundo turno.

- Alckmin: o candidato sem carisma do 'centrão' -

Em um país exausto de escândalos e da crise econômica, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, de 65 anos, apresenta a si próprio como o adulto do recinto. "Não sou showman", define-se com orgulho.

Pré-candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Alckmin está longe do 'outsider' que os analistas acreditam que os eleitores vão buscar nestas eleições. Atualmente, aparece com apenas um dígito nas intenções de voto.

Em sua primeira disputa presidencial, em 2006, foi derrotado no segundo turno por Lula, infinitamente mais carismático.

Desta vez, espera-se que sua candidatura ganhe força, após assegurar em julho o apoio do 'centrão', a aliança de partidos de centro-direita que domina o Congresso.

Isto faz dele o candidato-chave do establishment e, entre outras vantagens, vai lhe garantir um tempo especialmente longo de propaganda de rádio e TV.

Meirelles: o impopular homem das Finanças -

Até abril passado, Henrique Meirelles foi ministro da Fazenda do governo Michel Temer, o que lhe assegura uma dupla impopularidade: Temer é o presidente com maior rejeição da história do Brasil e a maioria dos brasileiros não gosta das tentativas de Meirelles de impor austeridade em um contexto de uma economia claudicante.

O trunfo do candidato de 72 anos pelo MDB é o apoio dos investidores em suas políticas de disciplina fiscal.

- Ciro Gomes: o esquerdista de língua ferina -

Alguns veem Ciro Gomes, que também disputou sem sucesso duas eleições presidenciais no passado, como alguém capaz de atrair os votos da esquerda no lugar do petista Lula, que está preso e ainda pode ter a candidatura impugnada.

Gomes, de 60 anos, é o candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT). No entanto, outros partidos de esquerda se afastaram, deixando-o isolado.

É considerado um candidato com personalidade volátil, com um histórico de atacar com sua língua ferida qualquer um, de Lula a Temer, ou qualquer coisa, como a política nacional. Como resultado, sua estrela parece ter começado a perder o brilho.


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