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Estado de Minas

Cuba convoca seus emigrados a debater nova Constituição


postado em 03/08/2018 21:12

Cuba permitirá que 1,4 milhão de seus cidadãos emigrados contribuam com a elaboração da nova Constituição, marcando sua primeira participação em um debate político interno desde o triunfo da revolução de 1959.

Isto é "um fato inédito na história da revolução", disse Ernesto Soberón, que lidera a Direção da Chancelaria dedicada aos Cubanos Residentes no Exterior.

O Parlamento aprovou em julho um projeto de nova Constituição que será submetido a debate popular de 13 de agosto a 15 de novembro. Esta nova Carta Magna deve substituir a de 1976. No caso dos residentes no exterior, sua participação on-line ficará habilitada a partir de setembro.

O resultado dessa consulta, à qual terão acesso mais de oito milhões de residentes maiores de 16 anos na ilha, será depois submetido a um referendo, antes de voltar ao Parlamento para sua autorização final.

A nova Constituição reconhecerá o papel do mercado e da atividade privada na economia socialista da ilha, embora sempre sob a tutela do único e governante Partido Comunista de Cuba (PCC).

Segundo Soberón, "todos os cubanos residentes no exterior poderão participar no debate" através da internet. Ele não detalhou se também poderão participar do referendo.

O governo estima em 1,4 milhão de pessoas sua comunidade no exterior, dispersa em 120 países, principalmente Estados Unidos, Espanha, México e Colômbia. A ilha tem 11,2 milhões de habitantes.

O funcionário negou a influência dos grupos anticastristas para impedir este processo. "Atualmente são uma pequena minoria aqueles setores da emigração que defendem a derrocada da Revolução", disse.

De 1959 até 1975 o governo de Fidel Castro (1926-2016) considerou "desertores" e "traidores" os cubanos que abandonavam a ilha.

Mas a partir de 1978 começou um processo de aproximação com os setores que não mantinham uma posição hostil contra seu governo, que incluiu várias reuniões de representativos a partir da década de 1990, quando também foram autorizadas as visitas à ilha e o envio de remessas monetárias.


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