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Estado de Minas

Risco de cabecear no futebol é maior para mulheres


postado em 31/07/2018 20:48

Os danos cerebrais provocados por cabecear uma bola de futebol podem ser cinco vezes mais extensos em mulheres do que em homens, segundo um estudo publicado nesta terça-feira, com base em quase 100 jogadores amadores.

O estudo na revista Radiology sugeriu que diretrizes específicas para cada sexo podem ser necessárias para evitar lesões na cabeça no futebol.

"Pesquisadores e clínicos há muito notaram que as mulheres se sentem pior depois de uma lesão na cabeça que os homens, mas alguns dizem que isso só acontece porque as mulheres estão mais dispostas a relatar sintomas", disse o autor principal, Michael Lipton, professor de radiologia, psiquiatria e ciências comportamentais no Albert Einstein College of Medicine.

"Com base em nosso estudo, que mediu mudanças objetivas no tecido cerebral em vez de sintomas autorrelatados, as mulheres parecem mais propensas que os homens a sofrerem traumatismo cerebral por cabecear bolas de futebol", acrescentou.

Para o estudo, 49 jogadores e 49 jogadoras foram submetidos a uma forma de ressonância magnética chamada imagens por tensor de difusão (DTI), que analisa a saúde da substância branca do cérebro, observando o equilíbrio da água no tecido.

A idade dos jogadores variava de 18 a 50 anos, e ambos os grupos reportaram um número similar de cabeçadas no ano anterior. Os homens relataram uma média de 487, e as mulheres, 469.

Os exames mostraram que "o volume de substância branca danificada em mulheres jogadoras de futebol era cinco vezes maior do que nos jogadores homens", segundo o estudo.

As mulheres tinham oito regiões do cérebro onde a substância branca - que envolve a comunicação entre diferentes partes do cérebro - foi afetada, em comparação com três nos homens.

Os pesquisadores disseram que as mudanças no cérebro eram "subclínicas", o que significa que os jogadores não relataram nenhuma habilidade de pensamento alterada.

Mas as mudanças continuam sendo uma preocupação, porque podem ser precursoras de lesões e danos cerebrais futuros, incluindo declínio cognitivo e mudanças comportamentais.

"Antes que uma disfunção séria ocorra, é sensato identificar os fatores de risco para lesão cerebral cumulativa - como cabecear se você é mulher - para que as pessoas possam agir para evitar maiores danos e maximizar a recuperação", disse Lipton.

O estudo não forneceu razões formais para as diferenças, mas alguns especialistas sugerem que a força do pescoço, os hormônios sexuais ou a genética poderiam ser os motivos.


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