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Estado de Minas

Ciro Gomes promete combater privilégios e corrupção no país


postado em 20/07/2018 17:18

O centro-esquerdista Ciro Gomes prometeu nesta sexta-feira (20) combater os privilégios e a corrupção, depois de ter sua candidatura oficializada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

O político de 60 anos, que tenta pela terceira vez chegar ao Palácio do Planalto, foi nomeado por cerca de 500 delegados do PDT e representantes de movimentos sociais reunidos em Brasília sob gritos de "Brasil presente, Ciro presidente!".

Conhecido por suas derrapadas verbais e sua capacidade de transitar por partidos de cunho ideológico oposto, Ciro insistiu na necessidade de "voltar a crescer, de se reindustrializar, de reduzir as desigualdades para acabar com a vergonha da pobreza extrema".

O candidato também ressaltou que o Brasil está com uma situação fiscal "absolutamente deplorável", sinalizando para os mercados temerosos de suas propostas "populistas".

Ciro, que já foi ministro da Fazenda em 1994 e ministro da Integração Nacional no governo Lula, prometeu combater "com dureza e intransigência" a corrupção, que disse ser um "câncer" que quebra a confiança do povo na democracia.

Falou, ainda, em enfrentar a "cultura do ódio", às vésperas de uma eleição presidencial caracterizada pela incerteza, na qual se destaca a figura do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro, nostálgico da ditadura militar e favorável à flexibilização do controle das armas para combater a violência.

A tentativa de Ciro de se apresentar na confluência de várias correntes políticas foi abalada depois que o "centrão" - uma aliança de partidos de direita e centro-direita - anunciou que apoiará o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB.

Lula lidera as pesquisas eleitorais, apesar de cumprir desde abril uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção. É provável que sua candidatura seja impugnada pela justiça eleitoral.

Na ausência de Lula, Bolsonaro lidera as pesquisas de intenções de voto, com 17%, seguido por Marina Silva (13%) e de Ciro Gomes (8%).

O distanciamento do "centrão" poderia obrigá-lo a dar mais ênfase no discurso de esquerda para tentar recuperar o eleitorado de Lula.

O vice-presidente do movimento sindical do PDT, Roberto Bastos Lopes da Silva, assegurou que o fracasso dessa aliança "é uma coisa natural". Os membros do "centrão" são "representantes daquela burguesia falida do país", enquanto Ciro encarna a "construção do país, de retomada da indústria nacional", disse o dirigente à AFP.

- Negociações frenéticas -

As convenções partidárias, que acontecem até 5 de agosto, são uma etapa importante nas eleições, que também vão eleger 27 governadores, 513 deputados e um terço dos 81 senadores, com primeiro turno em 7 de outubro e eventual segundo turno no dia 28.

As inscrições dos candidatos na justiça eleitoral deverão ser realizadas antes de 15 de agosto.

Até esse dia, os 35 partidos representados no Congresso poderão fechar alianças para formar listas com o maior número de apoios possível.

Isso é fundamental para conseguir mais fundos eleitorais e mais minutos de propaganda gratuita em rádio e televisão, distribuídos em função do tamanho e do número de deputados de cada bancada.

É o momento dos acordos muitas vezes inverossímeis, sobretudo com a proibição do financiamento empresarial.

"Todos terão que fazer muitas concessões. Alguns partidos esperam até o final para ter certeza de quem oferece mais", aponta Sennes.

Após a convenção do PDT, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) lançará no sábado a candidatura de Guilherme Boulos e, no domingo, o Partido Social Liberal (PSL) anunciará a candidatura de Bolsonaro.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do presidente Michel Temer, que desistiu de candidatar-se diante da sua impopularidade recorde, deve lançar no dia 2 de agosto a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Três partidos realizarão duas convenções em 4 de agosto: o PT, que espera oficializar a candidatura Lula; o pequeno Rede, de Marina Silva, em sua terceira tentativa de chegar ao palácio do Planalto; e o PSDB, que lançará Alckmin.


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