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Estado de Minas

WhatsApp limita envios de mensagens na Índia para frear boatos


postado em 20/07/2018 11:24

O aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp anunciou nesta sexta-feira (20) que limitará as conversas na Índia, com o objetivo de conter a disseminação de notícias falsas, que têm causado tumultos e homicídios neste país asiático.

Nos últimos dois meses, boatos nas redes sociais sobre a suposta presença de sequestradores de crianças causaram a morte de dezenas de pessoas, linchadas por multidões.

Esses incidentes tiveram tal impacto que o governo indiano ameaçou, na semana passada, processar o aplicativo de propriedade do Facebook, considerando que a disseminação de notícias falsas também era "sua responsabilidade".

Diante da pressão do governo, o WhatsApp anunciou que suprimirá a possibilidade de enviar uma mensagem para várias conversas ao mesmo tempo e que tentará fazer que uma mesma mensagem seja enviada apenas cinco vezes.

O cursor de transferência rápida também será eliminado.

Com mais de 200 milhões de usuários, a Índia é o primeiro mercado global do WhatsApp. Os indianos recebem diariamente um número espetacular de mensagens e imagens, que costumam enviar para outros contatos.

Após a chegada dos smartphones e da Internet em telefones celulares em todos os territórios do país, os boatos se multiplicam nas redes com grande velocidade.

Ainda pouco acostumada às novas tecnologias, parte da população indiana considera verídica a maioria das informações que circulam no WhatsApp.

"Acreditamos que essas mudanças, que continuaremos analisando, servirão para preservar o objetivo inicial do WhatsApp, um aplicativo de mensagens privadas", declarou o grupo de tecnologia.

O último assassinato motivado por informação falsa que circulou pelo WhatsApp ocorreu na semana passada, quando uma multidão de 2.000 pessoas linchou um homem de 27 anos no estado de Karnataka, no sul, acreditando se tratar de um sequestrador de crianças.

Antes de ser morto, o homem e seus amigos só ofereciam chocolate para algumas crianças.


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