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Estado de Minas

Afeganistão tem novo recorde de civis assassinados no 1o. trimestre


postado em 15/07/2018 13:30

O Afeganistão bateu um novo recorde de civis assassinados no primeiro trimestre de 2018, apesar de três dias de trégua em junho, anunciou neste domingo as Nações Unidas.

Entre 1o. de janeiro e 30 de junho morreram 1.692 civis, a metade deles em atentados atribuídos ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Trata-se do período com mais mortes que a ONU começou a contabilizar as vítimas civis há dez anos.

Somando mortos e feridos, 5.122 civis se viram afetados no período pela violência no Afeganistão, indicou a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Afeganistão (Manua).

A capital Cabul e a província de Nangarhar, no leste do país, foram as mais afetadas, inclusive durante o cessar-fogo de junho no qual participou o EI.

Os talibãs, que respeitaram a trégua negociada com o governo entre 15 e 17 de junho, são os responsáveis causadores de 40% dos civis mortos.

A primeira causa de morte de civis continua sendo os atentados suicidas e os chamados ataques complexos, oou seja, que começaram com um camicase e continuam com a ocupação de prédios e disparos.

Os combates terrestres estão em segundo lugar.

Em paralelo, a expansão das operações aéreas também provocou um forte aumento do número de vítimas civis pelos bombardeios aéreos (+52%) comparado ao mesmo período do ano passado, com 149 mortos e 204 civis feridos.

Mais da metade dessas vítimas (52%) são atribuídas às forças afegãs e 45% aos aviões americanos, os únicos da coalizão ocidental que realizam operações.

"O breve cessar-fogo demonstrou que é possível deter os combates", afirmou Tadamichi Yamamoto, o representante especial do secretário-geral da ONU, citado em um comunicado da Manua.

- Ataques contra escolas -

A preparação das eleições legislativas de outubro - as primeiras desde 2010 - gera violência suplementar, segundo a ONU, que aponta que os atentados contra centros de inscrição de eleitores, abertos em abril, já deixaram 117 mortos e 224 feridos.

O grupo EI apareceu no Afeganistão no início de 2015, n região fronteiriça com o Paquistão.

Lá estabeleceu sua retaguarda, apesar de as forças americanas acentuarem a pressão para expulsá-los de seus feudos.

A Missão da ONU destaca, por outro lado, que existe uma tendência emergente que consiste em atacar prédios educacionais. Apenas na província de Nangarhar, foram registrados 13 ataques atribuídos aos EI em junho.

O EI cometeu um atentado na semana passada contra um prédio do departamento de educação de Jalalabad, a capital de Nangarhar, causando onze mortes.

Já havia atacado este mesmo departamento em 11 de junho, ferindo dez pessoas.

Por último, um homem-bomba se explodiu neste domingo na hora da saída dos funcionários do ministério do Desenvolvimento Rural em Cabul, capital do Afeganistão, matando ao menos sete pessoas e deixando 15 feridos.

Estes números não entram no relatório divulgado pela ONU.


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