O presidente eleito da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta terça-feira que imporá novas condições no diálogo com os rebeldes do ELN, e que buscará uma "paz confiável" com a ex-guerrilha FARC.
Durante um encontro com a imprensa, o político direitista se mostrou adverso a que as negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN) continuem em meio do conflito.
Nesse sentido, pediu que a organização armada suspenda seus "atividades criminosas" e concentre suas tropas sob "verificação internacional".
"A única maneira de construir um processo que dê confiança ao povo colombiano deve ser sobre a suspensão de todas as atividades criminosas", aponta.
Duque, que assumirá em 7 de agosto, também antecipou que se oporá a que os rebeldes recebam benefícios jurídicos e políticos sem antes passar um tempo mínimo de prisão.
Nesta terça-feira, o chefe negociador do ELN, Pablo Beltrán, disse acreditar que o próximo governo prosseguirá com o processo de paz iniciado em fevereiro de 2017 e que se desenvolve atualmente em Havana.
"Seguimos na ideia de nos manter na mesa até o último dia, quando o presidente tomar posse (em 7 de agosto). Traremos uma agenda que foi firmada com o Estado, e esperamos que se houver mais avanços, o mais racional é que o novo presidente dê continuidade", disse Beltrán à AFP.
Por outro lado, Duque também assegurou que seu governo quer uma "paz confiável" com a ex-guerrilha FARC que inclua modificações no acordo de paz assinado em 2016.