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Estado de Minas

Kim Jong-un retorna à China, após cúpula com Trump


postado em 19/06/2018 10:00

Kim Jong-un foi recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping, nesta terça-feira (19), em Pequim, uma semana depois da histórica cúpula entre o líder norte-coreano e o presidente americano, Donald Trump.

A televisão chinesa divulgou imagens do encontro entre os dois dirigentes acompanhados de suas esposas, durante uma cerimônia no Palácio do Povo.

Esta visita acontece em um momento de forte escalada comercial entre Pequim e Washington, que derrubou as principais praças financeiras nesta terça.

Diferentemente dos outros dois encontros, nos quais o governo chinês esperou a volta de Kim a Pyongyang para oficializar sua visita, desta vez, Pequim anunciou sua presença, mas sem revelar o conteúdo da agenda.

Esta é a terceira visita de Kim à China em menos de três meses. No final de março, ele já havia feito à capital chinesa seu primeiro deslocamento ao exterior desde que chegou ao poder no final de 2011. A segunda viagem foi em maio, à cidade portuária de Dalian, no nordeste da China. Até então, Kim e Xi nunca tinham se encontrado, desde suas respectivas posses no início da década.

As relações se encontravam estremecidas com a decisão do aliado da Coreia do Norte de aplicar sanções internacionais destinadas a convencer o pequeno país a abandonar seu programa nuclear. No momento, Kim tenta obter o alívio das sanções econômicas em troca de suas promessas de desnuclearização e, para isso, espera o apoio da China.

Na semana passada, assim como a Rússia, a diplomacia chinesa sugeriu que as Nações Unidas poderiam considerar suavizar as sanções, se Pyongyang se adequasse às demandas internacionais.

Principal aliada da Coreia do Norte desde a Guerra da Coreia (1950-53), a China deixou claro que queria um papel de protagonista nas negociações, oferecendo, com insistência, seus bons ofícios diplomáticos. Como um símbolo da influência de Pequim, Kim desembarcou em Singapura, para a cúpula com Trump, a bordo de um avião da Air China.

Esse encontro histórico entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou em uma declaração, na qual o líder norte-coreano reafirmava "seu firme e inquebrantável compromisso com a desnuclearização da península" coreana.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, excluiu que as duras sanções econômicas possam ser suspensas antes de uma desnuclearização completa.

Desde sua chegada ao poder no início de 2017, Donald Trump pediu à China que aplicasse as sanções da ONU para pressionar Pyongyang, mas, agora, os dois países se encontram à beira de uma guerra comercial. Nesta terça, Pequim denunciou a "chantagem" de Washington, que ameaçou sobretaxar as importações chinesas em bilhões de dólares.

- Caminho a seguir -

A prioridade de Xi Jinping e de Kim Jong-un é, a partir de agora, decidir que caminho seguir, avalia Hua Po, analista político independente instalado na capital chinesa.

"Pode haver divergências entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos sobre o processo de desnuclearização, porque os Estados Unidos querem uma desnuclearização irreversível e verificável. É difícil para Kim Jong-un aceitar isso", disse Hua à AFP.

"Consequentemente, a China e a Coreia do Norte querem reforçar sua comunicação e elaborar uma estratégia global em sua relação com os Estados Unidos", completou.

Nesse xadrez político, ao mesmo tempo em que a China pediu, constantemente, a seu pequeno vizinho que abandone seus projetos nucleares e balísticos, ela também pediu diálogo quando norte-coreanos e americanos trocavam ameaças.

No ano passado, Pequim propôs a suspensão do programa nuclear norte-coreano em troca do fim dos exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul e Estados Unidos, uma concessão enfim feita por Donald Trump na semana passada. O presidente americano chegou a dizer que as tropas de seu país estacionadas em Seul poderão, daqui a algum tempo, deixar a península e voltar para casa.


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