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Estado de Minas

Erupções e chuvas complicam resgate de vítimas de vulcão na Guatemala


postado em 12/06/2018 19:24

As autoridades guatemaltecas suspenderam os resgates em San Miguel Los Lotes depois que o Vulcão de Fogo intensificou sua atividade e fortes chuvas provocaram deslizamentos de terra, mas os moradores seguem empenhados em encontrar seus familiares desaparecidos.

Um deslizamento provocado pelas chuvas de segunda-feira à tarde arrastou material vulcânico e pedras que encheram parte da estrada que atravessa a "zona zero", o que impede que brigadas de socorristas regressem ao local da tragédia.

Um pequeno grupo de moradores adentrava a área devastada, apesar das advertências constantes, com a intenção de seguir cavando para encontrar rastros de algum familiar vítima desta tragédia, que deixou 110 mortos e 197 desaparecidos, nove dias depois de San Miguel Los Lotes ser sepultado pelo material expelido pelo vulcão.

Os moradores utilizaram maquinaria pesada emprestada por empresas privadas para remover a areia que permanece a altas temperaturas e encontraram os restos de uma pessoa.

"Foram verificadas as condições depois da descida de lahares e, se for possível, a busca no setor" por socorristas, explicou a jornalistas David de León, porta-voz da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), encarregado da Defesa Civil.

O instituto estatal encarregado de controlar a atividade do vulcão (INSIVUMEH) emitiu um relatório às 07H00 locais (10H00 em Brasília) desta terça-feira, no qual informava da "descida de fluxos piroclásticos" e uma "cortina de cinzas" de até 6.000 metros de altura.

A entidade científica advertiu que a intensa atividade vulcânica pode se prolongar nas próximas horas e dias, de modo que recomenda à Conred "tomar as precauções necessárias e estabelecer o nível de alerta que considere necessário".

O organismo de Defesa Civil enfrenta duras críticas por não ter ordenado os moradores dessa zona abandonarem suas casas, segundo a versão de alguns sobreviventes. A Procuradoria informou que abriu uma investigação penal para determinar se houve negligência na gestão da tragédia.

O policial Donaldo Chután, de 45 anos, morreu na segunda-feira arrastado pela cheia de um rio, provocada pelas intensas chuvas na zona, entre as aldeias de Chuchú, Guadalupe e El Zapote.

No veículo da Polícia Nacional Civil viajavam também três moradores e outros dois agentes que realizavam trabalhos de ajuda humanitária em povoados que ficaram incomunicáveis pela erupção do vulcão há nove dias na vertente sudoeste do colosso.

A busca dos desaparecidos tem sido intermitente desde 3 de junho, o dia da catástrofe, pelo desprendimento de material vulcânico devido a uma fissura na cratera do vulcão.


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