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Estado de Minas

Vaso chinês do século XVIII é arrematado por 16,2 milhões de euros


postado em 12/06/2018 17:06

Um vaso chinês de porcelana do século XVIII, criado para o imperador Qianlong e esquecido em um sótão durante décadas, foi vendido nesta terça-feira (12) em Paris em um leilão por 16,2 milhões de euros (19,1 milhões de dólares), um recorde para uma porcelana chinesa na França.

A peça foi adquirida após uma disputa que durou vários minutos em uma sala da Sotheby's entre um pequeno grupo de interessados chineses, até que um deles venceu, um jovem que se manteve no anonimato, constatou a AFP.

A venda constitui um "recorde absoluto para uma obra vendida na Sotheby's Paris desde a abertura do mercado às casas de leilões estrangeiras" em 2001, segundo a empresa.

Avaliado entre 500.000 e 700.000 euros, o vaso se encontra em perfeito estado de conservação e apresenta detalhes policromáticos, entre os quais dominam os tons de rosa. É decorado com uma paisagem de gamos (espécie de mamífero asiático) e grous rodeados de pinheiros. Sob a base está uma "marca do reino" de seis caracteres.

"Este vaso é o único que conhecemos no mundo com este tipo de detalhes. É uma grande obra de arte, é como se descobríssemos um Caravaggio", afirmou Olivier Valmier, especialista em arte asiática.

Transportado para a Sotheby's em uma simples caixa de sapatos, o vaso teria sido adquirido na França no fim do século XIX e "conservado" por décadas com outras peças chinesas no sótão da casa de uma família pouco interessada na peça.

"Não gostamos muito deste vaso, e meus avós também não gostavam. Suas cores são vivas demais", explicou a proprietária, que entrou em contato com a Sotheby's há três meses.

Apenas quatro vasos chamados "yancai ruyi", com este tipo de paisagem idílica, foram documentados na produção das oficinas imperiais de Jingdezhen.

Em 1765, dois foram destinados aos Pavilhões de Buda nos apartamentos privados de Qianlong. Em 1769, outros foram encomendados como presente de aniversário para o imperador. Um objeto de forma e estilo similar, mas sem grous, é conservado no museu Guimet de Paris.

Embora se trate de um desenho muito livre, a paisagem está inspirada no Parque Imperial de Caça de Mulanj, uma das residências de verão do imperador.

Os animais e as plantas representados estão carregados de simbolismo: o gamo é sinônimo de felicidade e prosperidade, os grous representam a velhice, o pinheiro verde representa a vida eterna e o lingzhi, um cogumelo, a imortalidade.

As peças imperiais do período Qianlong (1735-1796) são especialmente procuradas.

Um selo imperial da mesma época estabeleceu um recorde mundial ao ser vendido por 21 milhões de euros em dezembro de 2016 em Paris.


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