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Estado de Minas

Ajuste econômico na Argentina requer compromisso político, diz FMI


postado em 08/06/2018 18:24

Os ajustes previstos no programa acordado com a Argentina para estabilizar a economia requerem "fortes" compromissos de toda a sociedade, disseram nesta sexta-feira (8) especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI)

O titular da equipe técnica que negociou com o governo de Mauricio Macri o empréstimo 'stand-by', anunciado na quinta-feira por 50 bilhões de dólares em 36 meses, disse que o plano econômico é viável, mas exige consensos políticos.

"São medidas factíveis e realistas, mas requerem um forte compromisso político de toda a sociedade argentina", disse Roberto Cardarelli, chefe da missão do Fundo para a Argentina.

"Esperamos que, nos elementos de política que estão incluídos no programa, se consigam esses consensos", apontou Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do organismo multilateral.

As revisões de progresso do programa serão trimestrais e, após cada uma, as diferentes seções do programa estarão disponíveis, explicou Werner.

Ele lembrou, no entanto, que as autoridades argentinas indicaram sua intenção de obter 15 bilhões de dólares, mas depois pretendem tratar o empréstimo como medida cautelar.

"Caso as condições internacionais se compliquem, a Argentina terá fundos para lidar com elas, para que episódios como os que ocorreram nas últimas semanas não aconteçam", disse Werner.

Macri anunciou em 8 de maio que havia solicitado ajuda do FMI.

A equipe técnica do FMI afirmou que o plano econômico traçado é "viável" e "realista".

"Nosso cálculo é que a Argentina navegue de maneira saudável pelas condições financeiras internacionais durante os próximos três anos: inflação mais baixa, fim do déficit primário e a economia continuará sua trajetória de crescimento", disse Werner.

"A economia argentina está no caminho certo", apontou.

Ambos os especialistas enfatizaram que o programa considera a preocupação de Macri com a redução da pobreza e destacaram que, se as condições sociais se deteriorarem, existe "flexibilidade" para as autoridades revisarem as metas fiscais.

Em troca do empréstimo, a Argentina se comprometeu a reduzir sua meta de déficit fiscal primário, antes de pagar a dívida, de 3,2% para 2,7% do PIB em 2018. O objetivo gradual é atingir um superávit fiscal de 0,5% do PIB em 2021.


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