Um fotógrafo palestino da Agence France-Presse foi baleado na perna nesta sexta-feira depois que o Exército israelense abriu fogo contra manifestantes durante confrontos na Faixa de Gaza, indicaram o jornalista e o ministério da Saúde local.
Três palestinos também morreram na Faixa de Gaza por disparos israelenses, de acordo com o ministério da Saúde do território.
Mohammed Abed al-Baba, que trabalha para a AFP desde 2000, foi atingido abaixo do joelho quando estava a cerca de 200 metros da fronteira, a leste de Jabalyia (norte), usando um colete com a inscrição "Press" e um capacete para sua proteção, testemunhou o fotógrafo.
O porta-voz do ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al-Qodra, assegurou que ele foi ferido por um tiro israelense.
O fotógrafo foi hospitalizado em Jabaliya. Ele não corre risco de morte.
Procurado, o Exército israelense ainda não respondeu à AFP sobre os fatos.
Manifestantes palestinos entraram em confronto com soldados israelenses ao longo da fronteira entre Gaza e Israel. Mohammed Abed al-Baba foi baleado por um tiro que partiu das linhas israelenses quando se aproximou de um homem ferido para fotografá-lo.
A Faixa de Gaza, sob o bloqueio israelense e egípcio, é palco desde 30 de março de um movimento de contestação acompanhado de confrontos ao longo da fronteira. Pelo menos três palestinos foram mortos por tiros israelenses nesta sexta-feira, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
A mobilização de Gaza defende o direito de retorno dos palestinos às terras de onde fugiram ou foram expulsos na criação de Israel em 1948. Também denuncia o bloqueio de Gaza.
Israel afirma que essa mobilização serve como cobertura para o movimento islâmico Hamas, que governa o enclave, em sua tentativa de se infiltrar e atacar soldados ou civis.
Pelo menos 128 palestinos foram mortos por tiros israelenses desde 30 de março. Nenhum israelense foi morto.
Mohammed Abed cobriu as três guerras entre Israel e o Hamas desde 2008.