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Estado de Minas

Estados Unidos chegam a acordo com grupo chinês ZTE


postado em 07/06/2018 18:24

Os Estados Unidos chegaram a um acordo com o grupo de telecomunicação chinês ZTE, que permitirá à empresa retomar normalmente suas atividades, anunciou nesta quinta-feira (7) o secretário americano de Comércio, Wilbur Ross.

Ross explicou à emissora CNBC que o acordo inclui uma multa de 1 bilhão de dólares e o requerimento de mudar sua direção.

Em abril, o grupo chinês foi privado de produtos tecnológicos dos Estados Unidos por violar sanções impostas por Washington à Coreia do Norte e ao Irã, medidas que ameaçaram fechar a ZTE.

Ross disse que o acordo inclui "a formação de um departamento de supervisão" escolhido por Washington para monitorar a ação da empresa.

"Eles pagarão a essas pessoas, que responderão ao novo diretor", explicou Ross.

"É um acordo muito rigoroso. O mais rigoroso e elaborado que já chegou às mãos do Departamento de Comércio contra algum violador dos controles de exportação", disse.

Vários legisladores americanos tinha, contudo, alertado para o risco de reduzir as sanções contra a ZTE, citando riscos à segurança nacional.

Mas o presidente Donald Trump disse no mês passado que buscava opções para evitar o fechamento da empresa chinesa.

As notícias num contexto de crescimento das tensões comerciais entre Washington e Pequim, com Trump ameaçando impor tarifas aos produtos tecnológicos chineses para reduzir o amplo déficit comercial.

- Caminho aberto à espionagem -

"O governo Trump dá à ZTE e à China um caminho aberto para espionar os americanos e vender nossa tecnologia à Coreia do Norte e ao Irã", alertou Ron Wyden, senador democrata de Oregon.

Mesmo no campo republicano o acordo encontra resistências.

"Posso dar 100% de certeza que a ZTE representa uma ameaça muito maior à segurança nacional que o aço da Argentina ou da Europa", comentou em um tuíte Marco Rubio, senador republicano da Flórida. "Acordo muito ruim", criticou.

O líder da minoria democrata do Senado, Chuck Schumer, criticou a política comercial de Trump, que consiste em atacar seus aliados, como Canadá, México e Europa, em vez de exigir da China.

"Esta decisão é uma virada de 180 graus das promessas do presidente de ser duro com a China. Agora, cabe ao Congresso agir para voltar a este acordo", comentou também o senador por Nova York.

Wilbur Ross negou nesta quinta que exista uma relação entre o caso ZTE e as negociações comerciais com a China, embora o acordo tenha sido anunciado dias depois de uma terceira rodada de negociações, na semana passada, em Pequim.


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