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Estado de Minas

China propõe comprar US$ 70 bilhões adicionais de bens americanos


postado em 07/06/2018 06:30

A China propôs comprar quase 70 bilhões de dólares adicionais de bens americanos se a administração de Donald Trump abandonar a sua ameaça de impor tarifas sobre 50 bilhões de dólares de produtos chineses - confirmou um funcionário do governo americano nesta quarta-feira (6).

A proposta foi feita durante a terceira rodada de negociações no último fim de semana em Pequim entre funcionários chineses de alto escalão - liderados por Liu He, assessor econômico do presidente Xi Jinping - e uma delegação americana comandada pelo secretário de Comércio, Wilbur Ross, revelou o "Wall Street Journal" na terça-feira.

As compras adicionais incluem soja, gás natural, petróleo bruto e carvão, confirmou nesta quarta um funcionário da administração Trump à AFP.

"Nenhum acordo final foi assinado por ambas as partes. Não temos mais informação por enquanto", disse um porta-voz do Departamento do Comércio.

Já o Ministério chinês do Comércio confirmou, em entrevista coletiva em Pequim, que no fim de semana passado houve conversas sobre propostas concretas.

"China e Estados Unidos tiveram discussões profundas e precisas sobre setores específicos de cooperação comercial, em particular sobre produtos agrícolas e energia", declarou o porta-voz do Ministério chinês do Comércio, Gao Feng.

O porta-voz não confirmou, porém, a cifra de 70 bilhões de dólares.

"A China deseja aumentar as importações sob a condição de que as duas partes continuem caminhando juntas", disse Gao.

Em 2017, as exportações de mercadoria americana para a China representaram 130,136 bilhões de dólares, de acordo com estatísticas do Departamento do Comércio. Outros 70 bilhões representariam um salto de mais de 53,8%.

O déficit comercial dos Estados Unidos somente para bens foi de mais de 375 bilhões de dólares em 2017. A Casa Branca exige que Pequim o reduza em 200 bilhões, mas até agora a China se negou.

"Se os Estados Unidos introduzirem sanções comerciais, mesmo aumentando as novas tarifas, as conquistas das negociações comerciais e econômicas ficarão sem efeito", afirmou, por sua vez, a agência de notícias estatal Xinhua durante a visita de Wilbur Ross.

Segundo o "Wall Street Journal", Liu He comunicou ao secretário americano do Comércio que a proposta chinesa de compras suplementares ficaria sem efeito, se Washington insistisse na ideia de impor novas tarifas em 50 bilhões de dólares sobre as mercadorias chinesas.

Na semana passada, o governo Trump revelou que continua preparando medidas comerciais punitivas contra a China, apesar da trégua anunciada em 19 de maio passado por ambos os países.


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