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Estado de Minas

Rajoy consegue aprovar orçamento, apesar de tormenta na Catalunha


postado em 23/05/2018 17:30

O governo espanhol de Mariano Rajoy conseguiu nesta quarta-feira (23) aprovar os orçamentos de 2018, decisivos para sua sobrevivência política, graças ao apoio dos nacionalistas bascos, que até o último minuto se mostraram reticentes com a tutela imposta à Catalunha.

Os debates tiveram início na segunda-feira. Nesta quarta, a Câmara baixa do Parlamento respaldou as distintas seções do texto, que em cada votação alcançou a maioria estritamente necessária de 176 deputados, sobre um total de 350.

No fim da sessão, os deputados do governante Partido Popular, minoritário na Câmara baixa (134 deputados) aplaudiram aliviados, e o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, recebeu abraços de vários políticos.

"Foi difícil", reconheceu à imprensa o presidente do governo Rajoy, comemorando uma notícia "boa para os investidores".

"Haver orçamento ajuda, sem dúvidas, a recuperação econômica", o crescimento (que o Executivo estima em 2,7% neste ano) e a criação de empregos, em um país como a segunda maior taxa de desemprego da zona do euro, acrescentou.

O texto agora passa para as mãos do Senado, onde o PP tem maioria absoluta.

Entre os votos favoráveis, estavam os dos cinco deputados do Partido Nacionalista Basco, que em nota anunciou ter decidido, "por responsabilidade, votar Sim aos Orçamentos Gerais do Estado".

Os orçamentos foram atrasados por meses devido aos efeitos da crise catalã - a pior em quatro décadas de democracia na Espanha.

O partido basco, que simpatias históricas com os nacionalistas catalães, manteve em suspenso até o último minuto se apoiaria ou não o PP, como um protesto pela tutela imposta à Catalunha desde a tentativa de independência unilateral em outubro passado.

A tutela deveria ser levantada com a formação de um novo governo regional na Catalunha. O presidente catalão, Quim Torra, propôs um Executivo com dois membros presos e outros dois instalados no exterior, e reivindicou pela Justiça espanhola - uma opção inadmissível para Madrid, que bloqueou a publicação do decreto de nomeação.


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