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Estado de Minas

Greve de caminhoneiros gera problemas de abastecimento


postado em 23/05/2018 14:30

Os protestos de caminhoneiros contra o aumento do diesel chegaram ao terceiro dia de bloqueios de estradas em diversos estados e começaram a provocar problemas de abastecimento - apesar de o governo ter sinalizado concessões.

Em 14 dos 27 estados havia registros, no começo desta tarde, de pelo menos seis bloqueios. Nas regiões sul e sudeste, eram de 10 a 40, segundo relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A gestora do aeroporto internacional de Brasília, Inframérica, indicou que a reserva de combustível para aviões só "é suficiente até o fim da tarde de quarta-feira", devido à retenção de caminhões no entorno da capital.

Os postos de gasolina do Rio de Janeiro também correm o risco de ficar secos, disse à AFP um porta-voz do Sindicato de Comércio de Combustíveis (Sindcomb).

"Já estão faltando produtos em praticamente todos os postos com os quais entramos em contato. A maioria foi abastecida pela última vez na segunda-feira. Em alguns casos, não vai haver mais combustível hoje mesmo, outros até sexta-feira", afirmou.

O movimento também afeta os Correiros. Alguns serviços de entrega rápida foram suspensos pelo risco de atrasos.

- Medidas concretas -

Os caminhoneiros decidiram manter os protestos, apesar das medidas anunciadas na noite desta terça-feira. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, se disse disposto a eliminar o imposto sobre os combustíveis (Cide) se o Congresso suprimir algumas isenções fiscais às empresas, para compensas a queda na arrecadação.

"Até um posicionamento efetivo do Governo, a entidade pede firmeza nos protestos de todas as regiões do país", escreveu José da Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), entidade que convoca os protestos.

Dirigentes da Abcam e diversos ministros devem se reunir nesta tarde.

A mobilização acontece a menos de cinco meses das eleições para presidente. O MDB lançou nesta terça-feira o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como pré-candidato - ele seria o autor de uma gestão "responsável" da economia durante o governo Temer.

"A gasolina aumentou, o diesel aumentou, o pedágio aumentou, aí o custo aumento de notas fiscais, tudo está ficando difícil, as empresas não estão aguentando", disse à AFP um caminhoneiro, Paulo Sérgio Ribeiro Ramos, de 43 anos, que participava do bloqueio de uma estrada no norte fluminense.

Os caminhoneiros exigem uma redução de preços do diesel, que a Petrobras alinha desde o fim de 2016 em função da alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

Desde o início de maio, o preço do diesel das refinarias (antes dos impostos) chegou a subir 13,5% e o da gasolina mais de 15%, embora nos últimos dias tenha sofrido leve queda - a 10,5% e 12,3%, respectivamente.


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