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Estado de Minas

Moeda comemorativa com rosto de Kim Jong-un vira motivo de chacota nos EUA


postado em 23/05/2018 11:00

Washington, 23 - A Casa Branca lançou uma moeda comemorativa da cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un, que ainda não ocorreu. Nela, o rosto do presidente dos EUA aparece frente a frente ao do ditador norte-coreano, que é identificado como "líder supremo". A celebração precoce e a reverência ao responsável por um dos regimes mais repressores do mundo foram alvo de chacota e crítica nas redes sociais.

"Não consigo parar de rir da moeda. Kim é chamado de líder supremo. Eu compraria uma moeda com o título 'Supremo Déspota', 'Ditador Insignificante' ou talvez 'Assassino em Massa'", escreveu no Twitter um dos mais respeitados cientistas políticos do país, Larry Sabato, professor da Universidade da Virgínia.

Trump aceitou em março a proposta de Kim de realizar uma cúpula, em um gesto que surpreendeu seus próprios assessores. Desde então, ele deu declarações otimistas sobre as chances de desnuclearização da Coreia do Norte e adotou um tom respeitoso ao se referir ao ditador, ao qual chamou de "pequeno homem-foguete" no ano passado.

O presidente americano também estimulou sugestões de que ele deveria receber o Nobel da Paz pelo diálogo com o país mais fechado do planeta.

Mas a moeda comemorativa parece ter ido longe demais. "Por que estamos honrando esse ditador cruel com uma moeda comemorativa?", questionou o professor de Stanford Michael McFaul, embaixador dos EUA na Rússia no governo de Barack Obama.

"Você está de brincadeira? Isso é repugnante. Qual culto à personalidade esta cúpula está legitimando? Isso é antiamericano", escreveu Robert Kelly, professor da Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul.

O tratamento dado a Kim na moeda o coloca no mesmo patamar do presidente dos EUA e impulsiona sua aspiração de não ser tratado como um pária nas relações internacionais. O líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, solicitou que a Casa Branca recolha as moedas. "A face de Kim não deve estar nessa moeda. Ele é um ditador brutal." As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Cláudia Trevisan, correspondente)


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