(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cuba luta para manter vivas sobreviventes de acidente aéreo


postado em 21/05/2018 17:36

Cuba dirigia todos os seus esforços a manter com vida as três sobreviventes do acidente aéreo em Havana, duas delas com prognóstico desfavorável, enquanto identificavam e enterravam algumas das 110 vítimas deixadas pela tragédia.

"As três pacientes continuam em um estado extremamente crítico, com alto risco de complicações", declarou à imprensa o médico Carlos Alberto Martínez, diretor do hospital Calixto García, onde são atendidas.

Martinez mudou de "reservado" para "desfavorável" o prognóstico médico de Grettel Landrovell, de 23 anos, que apresenta "traumatismo cranioencefálico grave" e "dano neurológico grave". Também é "desfavorável" a situação de Emiley Sánchez (39), que tem queimaduras em 41% de seu corpo (34% delas são profundas).

Isso "significa que temos que estar preparados para as complicações que podem surgir", acrescentou.

As três pacientes, que estão "entubadas e ventiladas mecanicamente", apresentam lesões graves, como traumatismo cranioencefálico, múltiplas fraturas de ossos longos, lesões nas cavidades torácica e abdominal e queimaduras.

A terceira sobrevivente foi identificada como Mailén Díaz, de 19 anos, e permanece com um prognóstico reservado.

O médico Martinez considerou positivo que a equipe médica tenha conseguido mantê-las "vivas 72 horas" após o acidente, mas ressaltou que "os problemas que elas apresentam são de alta severidade".

Ele alertou sobre "a possibilidade de surgimento de complicações que podem ofuscar o prognóstico médico" das três mulheres, que já passaram por várias cirurgias.

Enquanto a luta dos médicos continua, as famílias dos sobreviventes passam por uma angustiada espera em outro dos salões do hospital, que é o mais antigo de Cuba.

"Não perco a fé, tenho fé de que ela será salva", declarou à imprensa entre lágrimas Marínín Almaguer, mãe de Mailén, que chegou nesta segunda-feira a Havana de Holguín (leste) para acompanhar a evolução da filha.

O Boeing 737-200 em que as três mulheres viajavam de Havana para Holguín caiu ao meio-dia de sexta-feira quando tinha acabado de decolar do aeroporto internacional na capital cubana, com um balanço de 110 mortos.

Segundo o Ministério dos Transportes, 99 cubanos, entre eles cinco crianças, seis tripulantes mexicanos e três turistas estrangeiros - um casal de argentinos, uma mexicana e dois saarauís - morreram no acidente.

A aeronave, operada pela estatal Cubana de Aviación, pertencia à companhia mexicana Damojh (Global Air).

O governo cubano, que anunciou no sábado a descoberta de uma das duas caixas-pretas do avião, conduz uma investigação e já identificou 36 dos mortos, alguns dos quais já foram enterrados em suas respectivas províncias.

Especialistas de Boeing, Global Air e o braço da Aeronáutica Civil do México estão em Cuba para ajudar as autoridades a esclarecer o acidente.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)