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Estado de Minas

Venezuela vai às urnas em profunda crise, com Maduro em busca de reeleição

Pesquisas mostram que a maioria dos venezuelanos culpa Maduro pelos crescentes problemas, mas ele aparece como favorito


postado em 20/05/2018 08:54 / atualizado em 20/05/2018 09:04

(foto: BENJAMIN CREMEL/AFP)
(foto: BENJAMIN CREMEL/AFP)

Caracas, 20 - Os venezuelanos participam neste domingo de uma eleição presidencial na qual se espera que Nicolás Maduro consiga um segundo mandato de seis anos, apesar de uma profunda crise que agrava a escassez de alimentos, dispara a inflação e derruba a produção petroleira do país sul-americano. Mais de 1 milhão de pessoas fugiu do país nos últimos anos em busca de uma vida melhor, enquanto os que permanecem enfrentam horas em filas para comprar alimentos subsidiados e retirar dinheiro em espécie, algo agora quase impossível de encontrar.

Pesquisas mostram que a maioria dos venezuelanos culpa Maduro pelos crescentes problemas, mas ele aparece como favorito, em parte porque seus principais rivais boicotaram a disputa, diante da desconfiança com a autoridade eleitoral, controlada por partidários do governo. "Hoje é um dia histórico eleitoral", afirmou Maduro, vestido com uma camisa vermelha, após votar hoje no oeste da capital, na companhia da mulher e do filho.

O presidente acusou os Estados Unidos de promoverem uma "campanha feroz" para afetar a disputa presidencial. Segundo ele, essas ações "não puderam" impedir o processo. Ele pediu "respeito" ao mundo, após mais de 20 governos dizerem que não reconhecerão os resultados. "Não é possível seguir jogando com governos irresponsáveis da direita oligárquica e corrupta da América Latina para pressionar a Venezuela, isolar a Venezuela", afirmou, considerando esse comportamento "criminoso".

Maduro disse que, se vencer, lançará um "governo de unidade nacional", insistirá no diálogo e fará mudanças na economia para impor um novo sistema de preços e de distribuição e comercialização, sem dar detalhes.

Principal rival do atual presidente, o candidato independente Henri Falcón enfrenta o duplo desafio de competir contra um líder poderoso e ainda convencer os venezuelanos a desafiar o boicote às urnas, convocado pela principal coalizão opositora. Ele promete dolarizar os salários, aceitar ajuda humanitária e buscar socorro no Fundo Monetário Internacional (FMI), opções rejeitadas por Maduro. "Juro que libertarei a Venezuela da ditadura", afirmou no fim da campanha, na quinta-feira, na cidade natal de Barquisimeto.

Também disputa o evangelista Javier Bertucci, que oferecia sopa em seus comícios.

Fonte: Associated Press.


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