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Estado de Minas

CIDH avaliará até segunda-feira direitos humanos na Nicarágua


postado em 17/05/2018 16:24

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) realizará a partir desta quinta-feira (17) e até a próxima segunda-feira uma missão de trabalho na Nicarágua, após quase um mês de protestos contra o governo que deixam mais de 50 mortos.

"O objetivo da visita de caráter preliminar é fazer uma observação em terreno sobre a situação dos direitos humanos no país, no contexto dos acontecimentos desde 18 de abril", segundo um comunicado do organismo, ente autônomo da OEA.

Os protestos surgiram por uma tentativa do governo de Daniel Ortega de reformar o sistema de seguro social, mas rapidamente se transformaram em um movimento que exige a saída do presidente. De acordo com grupos de direitos humanos, ao menos 58 pessoas morreram, a maioria manifestantes.

A delegação da CIDH, liderada pela comissária Antonia Urrejola, relatora para a Nicarágua, prevê se reunir com autoridades do Estado, representantes da Conferência Episcopal e organizações da sociedade civil.

"A Comissão recolherá depoimentos de estudantes, pessoas e familiares que foram afetados no âmbito da situação objeto da visita", indicou o texto.

"Sucesso", desejou à equipe o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em sua conta no Twitter, assinalando seu anseio de que o Conselho Superior da Empresa Privada nicaraguense e a sociedade em civil em geral "se expressem" e "colaborem com a verdade".

A CIDH agradeceu o consentimento e a ajuda do governo nicaraguense, que até domingo havia negado a chegada de uma missão da comissão enquanto o Parlamento investigasse as mortes.

A delegação da CIDH será integrada pelo secretário executivo da CIDH, Paulo Abrao, e pelos comissários Joel Hernández, relator sobre os Direitos das Pessoas Privadas de Liberdade, e Francisco Eguiguren, relator sobre Defensores e Defensoras de Direitos Humanos.

Também comparecerão os relatores especiais de Liberdade de Expressão, Edison Lanza, e de Direitos Sociais, Soledad García Muñoz, entre outros especialistas da CIDH.

Um aguardado diálogo nacional com mediação da Igreja Católica começou na quarta-feira na Nicarágua, em meio a duros questionamentos a Ortega.


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