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Estado de Minas

Opositores venezuelanos presos manterão rebelião em presídio


postado em 17/05/2018 12:00

Opositores venezuelanos e um americano continuavam, nesta quinta-feira (17), pelo segundo dia, a tomada das celas do Serviço de Inteligência em Caracas, para exigir a libertação dos presos - afirmaram em vídeos divulgados nas redes sociais.

Em um dos vídeos, divulgado na conta do Twitter do ex-prefeito Daniel Ceballos, que está preso, sob a mensagem "Nossa tomada pacífica continua", o americano Joshua Holt aparece de pé, enviando uma mensagem para o governo de seu país.

"Bom dia, hoje é 17 de maio, 6 da manhã. Todos estão bem aqui, eu estou bem. Quero apenas pedir mais uma vez ao meu governo, ao meu povo, aos meus senadores, que, por favor, não me deixem sozinho aqui", clamou Holt, um mórmon acusado de posse de armas de guerra e de supostos planos para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.

"Por favor, venham e salvem minha mulher, a mim e todos os que precisam de ajuda aqui. Quero que minha família saiba que estou bem e que ninguém está me machucando", acrescentou.

O encarregado de negócios da legação diplomática americana, Todd Robinson, foi na quarta-feira à Chancelaria pedir informações sobre Holt, mas disse não ter obtido resposta.

Em sua conta no Twitter, Ceballos divulgou na manhã desta quinta uma fotografia na qual se observa um grupo de presos, entre eles ele e Holt, reunidos na área do centro de detenção, o Helicoide.

Do lado de fora do estabelecimento, familiares dos detentos permaneciam à espera de notícias nesta quinta-feira.

"A tomada é pacífica, eles não têm armas. Exigimos que se faça justiça", declarou à AFP Jorge Fernández, pai de Vilca Fernández, estudante detido em 2016.

Patricia Ceballos, mulher do ex-prefeito preso, confirmou que "a tomada continua" e acusou o procurador-geral Tarek William Saab de mentir "flagrantemente", ao assegurar, em entrevista à rede CNN em espanhol na quarta à noite, que tudo estava "tranquilo" no Helicoide.

"A situação é a mesma. A única informação que se tem é extraoficial, de áudios que chegam de dentro. Sabemos que se mantém o protesto interno, mas não temos conhecimento dos detentos", declarou Alfredo Romero, da ONG Foro Penal.

Os presos exigem a liberdade de quem tem ordem de soltura, transferência para os tribunais para quem ainda não teve julgamento e assistência médica para os doentes.

No Helicoide, estão 54 dos 338 opositores encarcerados, segundo números da Foro Penal. De acordo com Romero, "20 têm liberdade sob fiança e não lhes foi concedido".

O incidente acontece às vésperas das eleições de domingo, boicotadas pela oposição e nas quais o presidente Nicolás Maduro busca se reeleger.


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