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Estado de Minas

Febre por casamento real toma conta de Windsor


postado em 16/05/2018 09:42

À sombra do castelo de Windsor, Bianca Louzado escolheu um lenço violeta com as fotos do príncipe Harry da Inglaterra e Meghan Markle, e dois bonés de beisebol com motivos monárquicos.

"Somos grandes fãs!", disse essa indiana, dando um boné para seu filho de 10 anos.

Bianca chegou de Mumbai com sua família para assistir ao casamento do príncipe com a atriz americana, no sábado, e aproveitou para comprar algumas lembrancinhas da data.

"Meus pais vieram ao casamento de Charles e Diana em 1981. Eu tinha apenas dois anos. Desde então, acompanhamos [a família real]", disse seu marido, Alan.

"Pensamos 'que momento melhor para vir do que o casamento?'", completou.

Do outro lado da rua, Carole Ferguson, uma executiva californiana de 63 anos, toma sol na varanda de um café, enquanto calcula a melhor posição para ver os noivos no trajeto de carruagem que farão pela cidade.

Espera-se que mais de 100.000 pessoas passem pelas ruas de Windsor por ocasião do casamento. Carole e seu namorado, Carl, já estão hospedados na cidade - mudando de hotel várias vezes por conta dos preços - e planejam começar o dia cedo.

"Será o último casamento real em um bom tempo", justificou.

Carole disse gostar dos rituais e da história da monarquia britânica, acrescentando: "adoro Harry, parece muito feliz. E Meghan parece uma boa garota".

Harry é um dos membros mais populares da família real. Seus deslizes de juventude e a perda trágica da mãe, Lady Di, tocaram fundo no coração de muita gente.

"Acho que Harry precisa de um pouco de sorte na vida", afirmou Matty De Bruyn, uma sul-africana de 68 anos, da Cidade do Cabo.

De Bruyn se aproximou do Windsor para ver o clima, mas não estará no dia da cerimônia: "acho que será uma loucura".

- Atenção midiática -

Windsor é uma atração turística o ano todo, e muita gente já tinha planejado sua visita antes do anúncio do do casamento.

"Não me interessa. Estamos apenas de férias", explicou Martin Kirchner, um engenheiro alemão de 48 anos.

"Mas é interessante ver todas essas equipes de televisão", disse ele, enquanto se divertia observando os repórteres esperando sua vez para entrevistar uma mulher com uma coroa.

Muitos moradores constataram a transformação de sua cidade, tomada pelas redes americanas de televisão e por policiais fortemente armados.

"Não tem lixo, o que é bom", observou Steve Bradley, de 59 anos.

Alguns brasileiros amigos dele foram visitá-lo para ver o casamento, entre eles Consuelo Almeida, que está muito feliz.

"É diferente para nós. Não temos uma rainha, nem nada disso. E Meghan é uma pessoa normal. Dá a impressão de que qualquer um podia ser ela", comentou a brasileira.

"Esperava vê-los fazer um aceno da sacada, mas só ontem descobri que não haverá sacada", disse Consuelo, referindo-se a uma cena que costuma acontecer no Palácio de Buckingham em Londres, e não na residência real do castelo de Windsor.

"Mas tudo bem. E, claro, quero ver o vestido", acrescentou.

- 'Pra frente, garota!' -

Os turistas de Londres também pretendem celebrar o casamento.

Eric Márquez, de 40 anos, de Ohio (leste dos Estados Unidos), é um dos passageiros de um ônibus turístico que oferece ao clientes tomarem o chá, enquanto passeiam por lugares emblemáticos da monarquia britânica, como a casa de Harry no Palácio de Kensington.

"Desde que tinha 11 anos, sou esse tipo de garoto americano superfascinado pela realeza", contou Márquez.

"É a tradição... e, claro, o brilho e as joias. Para um gay, é superinteresante", completou.

Sua companheira de viagem, Christiane Jennings, elogia a noiva efusivamente.

"Eu a adoro. Estou muito orgulhosa dela. Mestiça, divorciada, sim! Pra frente, garota!", incentivou.


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