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Estado de Minas

Israel, em pleno fervor pró-EUA no início de uma semana de alto risco


postado em 13/05/2018 13:06

Israel aproveita o domingo (13) mergulhada em um sentimento de orgulho nacional e de fervor pró-americano às vésperas da abertura, em um clima de muita tensão, da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém e de uma semana de protestos palestinos potencialmente explosivos.

Neste domingo, milhares de israelenses e simpatizantes de Israel procedentes do exterior devem tomar as ruas, marchando com bandeiras com a estrela de David até o Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém.

Este é o primeiro capítulo de uma semana repleta de acontecimentos de grande importância e risco, começando, neste domingo, com o aniversário da tomada de Jerusalém Oriental por parte do Exército israelense em 1967, a "reunificação" da cidade por Israel.

Na segunda-feira, os Estados Unidos inauguram com grande pompa sua embaixada em Jerusalém, coincidindo com o 70º aniversário da criação de Israel em 1948. Na terça-feira, os palestinos comemoram a "Nakba" - a "catástrofe" que representou para eles a proclamação de Israel.

Mergulhada em uma euforia azul e branca após uma semana marcada pelo abandono, por parte dos Estados Unidos, do acordo nuclear iraniano e por uma operação sem precedentes contra alvos iranianos na Síria, assim como pela vitória de Netta Barzilai no Festival Eurovisão, Israel se prepara para as festividades sob a bandeira da aliança com os Estados Unidos.

Mas os palestinos poderão se mobilizar em massa, por temor de uma nova conflagração na Faixa de Gaza.

- Disputa em Jerusalém -

As forças israelenses estão em alerta máximo. O Exército anunciou, no sábado (12), que praticamente duplicaria o efetivo de suas unidades no entorno da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Dirigida pelo movimento islamista Hamas, Gaza está sob bloqueio israelense há mais de dez anos. A Cisjordânia, a várias de dezenas de quilômetros de distância, está ocupada pelo Exército israelense há mais de 50 anos.

Desde 30 de março, Gaza é palco de uma "marcha do retorno" que deseja reunir milhares de palestinos ao longo da fronteira com Israel. Para eles, trata-se de reivindicar o direito de voltar às terras das quais foram expulsos, ou das quais fugiram em 1948, e denunciar o bloqueio.

Esse protesto deve se intensificar a partir de segunda-feira, com a inauguração da embaixada americana. As forças israelenses temem que os palestinos tentem forçar a fronteira.

Ao todo, 54 palestinos foram mortos pelo Exército israelense em Gaza desde 30 de março.

As forças israelenses estão prontas para o confronto em Jerusalém e na Cisjordânia. Em um exemplo dessa tensão, visitantes judeus que levavam a bandeira israelense e cantavam "o povo de Israel está vivo" enfrentaram neste domingo os guardas na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, e foram retirados pela Polícia israelense.

Em 6 de dezembro passado, o presidente americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a transferência da embaixada de Tel-Aviv para essa cidade. Aplaudida por Israel, a decisão foi criticada pela comunidade internacional.

"Há 3.000 anos Jerusalém é a capital do nosso povo e apenas do nosso povo", disse neste domingo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.


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