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Estado de Minas

Saiba mais sobre as eleições legislativas no Iraque


postado em 12/05/2018 12:48

Os iraquianos elegem 329 deputados neste sábado (12). Depois das eleições, regidas por um sistema proporcional com cotas, as listas ganhadoras terão de se aliar para formar governo.

Confira abaixo números e informações-chave dessas eleições legislativas, que estão em sua quarta edição desde a invasão americana ao país em 2003:

HABITANTES: 38 milhões

ELEITORES: quase 24,5 milhões, distribuídos em 18 províncias consideradas como circunscrições. Entre eles, 3,5 milhões votam pela primeira vez.

Quase um milhão de iraquianos residentes em 21 países já votaram, segundo a Comissão Eleitoral.

CANDIDATOS: 6.990, sendo 2.011 mulheres.

COLÉGIOS ELEITORAIS: 8.443, todos equipados para voto eletrônico. Segundo as autoridades, foram distribuídos pelo menos 11 milhões de cartões biométricos.

Em tese, cerca de um milhão de deslocados podem votar. As 285.564 pessoas que vivem em campos de deslocados votarão em 166 colégios eleitorais habilitados em 70 campos distribuídos em oito províncias do país.

CADEIRAS: 329, das quais nove reservadas para as minorias (cristã, shabak, sebeus, yazidis e curdos faily - xiitas -) e 83 para as mulheres.

DURAÇÃO DA LEGISLATURA: 4 anos.

TIPO DE VOTAÇÃO: Proporcional. Os eleitores votam em uma lista e, depois, as cadeiras são atribuídas aos diferentes partidos proporcionalmente ao número de votos que obtiveram. Os candidatos eleitos são escolhidos em função de seu lugar na lista.

Há 87 listas em disputa. As principais são:

- ALIANÇA DA VITÓRIA, liderada pelo primeiro-ministro em final de mandato, Haider Al-Abadi. Este ano, pela primeira vez desde a queda de Saddam Hussein em 2003, sua oposição histórica, o partido Daawa, apresenta-se dividida. Abadi, procedente dessa sigla, dirige uma lista composta, principalmente, por personalidades da sociedade civil que afirmam estar acima de qualquer confissão religiosa.

- ALIANÇA DA CONQUISTA, dirigida pela organização Badr e pelo líder das Forças de Mobilização Popular, que ajudaram as tropas iraquianas a expulsar o grupo Estado Islâmico (EI). Seus candidatos deixaram oficialmente suas funções militares para se apresentarem nessas eleições.

- ALIANÇA DO ESTADO DE DIREITO, do ex-premiê Nuri Al-Maliki, apoia-se, sobretudo, no partido Daawa, liderado por Al-Maliki. Popular entre vários funcionários contratados sob seus mandatos, pesa o fato de o EI ter-se apoderado de um terço do país quando ele estava no poder.

- MARCHA PELAS REFORMAS, uma aliança inédita entre o líder xiita Moqtada Sadr e os comunistas. Conta com seis formações laicas, em sua maioria, incluindo o Partido Comunista Iraquiano (PCI) e o Istiqama, um partido de tecnocratas.

- OS SUNITAS se apresentam em várias listas, sendo a principal a "Aliana Nacional", dirigida pelo vice-presidente xiita Iyad Alaui, ainda que se apresente como laico; e o presidente sunita do Parlamento, Salim Al-Khuburi. Destroçados pelo avanço do EI, os sunitas podem ser os grandes perdedores das eleições.

- OS CURDOS se apresentam divididos para distribuir as 46 cadeiras da região autônoma, duas das quais estão reservadas para os cristãos. Além das duas formações históricas - o Partido Democrático do Curdistão (PDK, do clã Barzani) e a União Patriótica do Curdistão (UPK, do clã Talabani) -, a oposição curda estará representada pelo Jamaa Islamiya, o movimento criado recentemente "Nova Geração" e o Goran ("A mudança", em curdo).


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