O Ministério Público venezuelano ordenou nesta sexta-feira (11) a prisão de dezenas de pessoas, supostamente envolvidas em um desfalque de 1,163 bilhão de dólares por compras irregulares na petroleira estatal PDVSA.
"O desfalque por superfaturamento é de 1,163 bilhão de dólares", afirmou o procurador-geral, Tarek William Saab, à imprensa.
O desfalque também foi causado pela compra de equipamentos inadequados, danificados ou até não entregues, acrescentou.
O procurador disse que "o escritório satélite PDVSA serviços" - criado em 2009 para aquisições internacionais - fez "23.216 compras em quatro anos por 11,969 bilhões de dólares".
Segundo ele, os responsáveis pelo desvio tinham cúmplices na Venezuela. Por isso, o MP pediu sua prisão.
"Estamos falando de dezenas de cidadãos (...). Por exemplo, detectamos compras de usinas elétricas superfaturadas, sete pedidos, com um sobrepreço de 190%, significando um dano patrimonial de 580 milhões de dólares", detalhou Saab.
Ele acrescentou que 32 empresas estavam envolvidas nas atividades ilegais, quatro delas supostamente ligadas a Roberto Rincón e Abraham José Shiera, processados nos Estados Unidos por supostamente lavar e esconder dinheiro de corrupção na PDVSA.
De acordo com Saab, 80 funcionários da companhia petroleira, inclusive "22 gerentes sênior e dois ex-presidentes", foram presos desde agosto do ano passado por supostamente fazer parte de várias "tramas de corrupção" de pelo menos 40 bilhões de dólares.