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Estado de Minas

Argentina precisa de crédito para ser menos vulnerável, diz ministro


postado em 09/05/2018 19:30

A Argentina recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) com o propósito de que sua economia seja menos vulnerável ao financiamento externo, disse nesta quarta-feira (9) o chefe de Gabinete, Marcos Peña.

Um dia depois do anúncio do presidente Mauricio Macri de que vai pedir um salva-vidas ao FMI para enfrentar o ataque especulativo contra o peso, Peña declarou em coletiva de imprensa que "o ministro de Fazenda (Nicolás Dujovne) já está trabalhando com os técnicos (do Fundo) em Washington".

A Argentina foi abalada, nas últimas semanas, por uma forte demanda de dólares de investidores que fogem do peso e deixam o país.

Desde que foram iniciadas as vendas em março, o Banco Central se desfez 8 bilhões de dólares de suas reservas, que caíram a 55 bilhões.

"Nunca deixamos de ser membros do FMI. Em 30 meses de governo, que foram positivos, aplicamos o caminho do gradualismo, e avançar até o equilíbrio das contas públicas", disse o chefe dos ministros, que afirmou que ainda não é possível quantificar o montante do auxílio solicitado.

Ele disse que não ia responder uma pergunta sobre as pesquisas que refletem uma rejeição de 75% da população a um acordo com o FMI, cujas receitas são, para muitos, responsáveis por crises vividas no passado.

Peña atribuiu a crise ao "contexto global" e até a "situações internas", mas deixou claro que a origem do problema é que o país "depende do financiamento externo", após a liberação há 30 meses do mercado cambiário, sem regulações, e o endividamento para financiar um déficit fiscal primário de quase 4 pontos do PIB.

"Há maior exigência da parte dos que nos emprestam dinheiro", disse após reafirmar que não haverá mudanças no Gabinete. Ele acrescentou que a diretora do FMI, Christine Lagarde, "deixou claro há um mês seu apoio ao gradualismo" das reformas pró-mercado de Macri.

Ele admitiu que existem "angústias, medos, preocupações" na população por "uma crise maior, como as que vivemos no passado", mas alertou que "não é certo que a história sempre se repita".

Os credores "querem ter a convicção de que vão repagar (a dívida) e de que somos confiáveis". Desde que Macri assumiu, a Argentina tomou mais de 100 bilhões de dólares da dívida e elevou seu percentual de 43% a 54% do PIB, segundo dados oficiais.

Peña ratificou a taxa de câmbio flutuante e o rechaço ao congelamento de tarifas que impulsiona a oposição no Congresso.


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