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Estado de Minas

Secretário de Defesa dos EUA acena para aliados, após saída de acordo com Irã


postado em 09/05/2018 18:36

Os Estados Unidos continuarão trabalhando com seus aliados para prevenir o desenvolvimento nuclear do Irã, afirmou nesta quarta-feira (9) o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, um dia depois de o presidente Donald Trump deixar o acordo internacional que tinha esse objetivo.

"Continuaremos trabalhando com nossos aliados e parceiros para assegurar que o Irã nunca possa obter armas nucleares, e trabalharemos com outros para abordar a influência maligna do Irã", afirmou Mattis em um painel do Senado.

"Esta administração segue comprometida com a segurança, os interesses e o bem-estar de nossos cidadãos", continuou.

General de quatro estrelas aposentado que viu soldados americanos morrerem pelas milícias apoiadas por Teerã no Iraque, Mattis vem criticando frequentemente as operações de Irã no Oriente Médio.

Isso não o impediu de se mostrar um defensor do acordo que Trump acaba de retirar. Em outubro, chegou a dizer que permanecer no acordo era de interesse nacional.

Em janeiro, garantiu que o acordo era "imperfeito", mas acrescentou que "quando Estados Unidos dá sua palavra, temos que viver conforme ela e trabalhar com nossos aliados".

O acordo, segundo disse em abril, permitia a realização inspeções "bastante rigorosas" nas instalações iranianas.

- Sobem os falcões -

Com essas palavras, Mattis corre o risco de ficar isolado pelos defensores da linha dura do círculo de assessores de Trump, entre eles o de segurança nacional, o "falcão" John Bolton.

Junto com o ex-secretário de Estado Rex Tillerson e o ex-assessor de segurança nacional HR McMaster, assim como o chefe de equipe John Kelly, Mattis era um dos homens capazes de controlar a volatilidade de Trump.

Com Tillerson e McMaster fora, e a relação de Kelly com Trump aparentemente tensa, Mattis agora deve navegar em águas potencialmente mais difíceis.

John Bolton, o substituto de McMaster, é um falcão da era da Guerra do Iraque que defendeu a ação militar tanto no Irã como na Coreia do Norte.

Mike Pompeo, o sucessor de Tillerson à frente do Departamento de Estado, se opôs ao acordo com o Irã.

Os senadores perguntaram a Mattis se a retirada dos Estados Unidos do acordo seria um presságio de um conflito militar com o Irã.

Embora o Pentágono sempre mantenha opções militares, não há um caminho "padrão" para a guerra, respondeu Mattis, acrescentando que a diplomacia aina é a via preferida dos EUA.

O senador democrata Dick Durbin disse que a decisão de Trump de se retirar do acordo era "não apenas errônea como imprudente" e questionou se os Estados Unidos poderia trabalhar convincentemente com aliados no futuro sobre o tema do Irã.

"Agora que os Estados Unidos estão se afastando (do acordo), não posso acreditar que inspire confiança entre nossos aliados sobre nossa palavra e nossa confiança no futuro, quando se trata desses acordos", expressou Durbin.


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