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Estado de Minas

Regime sírio prossegue em sua reconquista da região de Damasco


postado em 25/04/2018 18:54

O regime sírio continua sua reconquista da região de Damasco, centro do poder de Bashar al-Assad, com o anúncio, nesta quarta-feira (25), da tomada de controle de Qalamun Oriental, enquanto mantém sua ofensiva contra o último reduto extremista na capital.

Enquanto isso, os especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) visitaram um segundo local em Duma, na Ghuta Oriental, no âmbito de sua investigação do suposto ataque químico ocorrido no início deste mês, informou esta organização que fez sua primeira visita em 21 de abril.

Em Bruxelas, a conferência internacional sobre o futuro da Síria, organizada pela União Europeia (UE) e pela ONU, conseguiu arrecadar até o momento 4,4 bilhões de dólares de ajuda para este país.

Há semanas, o presidente Assad expande sua presença nos arredores da capital graças a acordos de evacuação e várias ofensivas.

Onze dias após recuperar Ghuta Oriental, as forças do regime retomaram o controle de Qalamun Oriental, a nordeste da capital.

A região está "vazia de todo o terrorismo", anunciou a televisão pública nesta quarta-feira, recorrendo ao uso da terminologia do governo para designar os rebeldes.

Na terça e nesta quarta-feira, as forças de Segurança Interior entraram nas localidades de Ruhaiba e Yairub, onde foi içada a bandeira nacional síria, informaram os meios de comunicação públicos.

Dezenas de ônibus transportaram desde sábado milhares de combatentes rebeldes e suas famílias de Ruhaiba, Yairud e Nassiriya para territórios do norte do país, nas mãos de insurgentes.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), vários desses comboios chegaram à região de Afrin (noroeste), controlada pelos rebeldes pró-Ancara.

Lá, se instalaram em um campo de deslocados perto de Jandairis, não muito distante da fronteira com a Turquia, indicaram responsáveis rebeldes à AFP.

Mas, segundo o geógrafo especialista na Síria Fabrice Balanche, a ida de rebeldes corresponde a uma lógica de "substituição da população" impulsionada por Ancara.

Já no sul da capital, os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) se negaram a ser evacuados, segundo OSDH.

Desde 19 de abril ocorre uma campanha de bombardeios do regime contra o último reduto do EI perto de Damasco, composto pelo campo de Yarmuk e pelos bairros de Hayar al-Aswad, Qadam e Tadamun.

Também ocorrem combates terrestres, enquanto os extremistas respondem com disparos de obuses e foguetes contra os bairros pró-governo.

Segundo o OSDH, ainda restaria 1.000 extremistas nesse reduto. Sua queda permitiria ao regime controlar o conjunto da capital e seus arredores pela primeira vez desde 2012.

Antes do começo do conflito, nesse campo de refugiados viviam cerca de 160 mil palestinos e sírios, de acordo com a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

Mas após anos de combates, "somente algumas centenas" vivem lá atualmente, considerou o comissário-geral da agência, Pierre Krahenbuhl, em Bruxelas.

"Nos últimos meses, restavam apenas 6.000 ou 7.000 (habitantes) em Yarmuk, e parece que a maior parte fugiu para bairros vizinhos, em especial para Yada", indicou.

Yarmuk "simboliza o alcance do sofrimento de milhões de sírios, mas também de milhares de refugiados palestinos", considerou.


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