Jornal Estado de Minas

Treze pessoas são detidas na Venezuela por planejar atentados contra eleições

Treze pessoas foram detidas na Venezuela acusadas de planejar atentados contra as eleições 20 de maio, nas quais o presidente Nicolás Maduro buscará a reeleição, anunciou o governo nesta quarta-feira.

As prisões aconteceram nos últimos dias em Caracas e duas localidades vizinhas, durante uma operação em que foram apreendidos cerca de 3.000 balas de fuzil e material para fabricar explosivos, disse o ministro do Interior, Néstor Reverol.

O Movimento Nacionalista - um pequeno coletivo opositor - havia denunciado nesta segunda-feira sete dessas detenções, indicando que se tratava de militantes seus, incluindo o líder do grupo, Vasco da Costa.

A formação promove a abstenção nas eleições presidenciais.

Reverol, entretanto, garante que os detidos por agentes de inteligência fazem parte de uma "célula terrorista" que planejava boicotear as eleições com atentados à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e outros edifícios estatais.

"Pretendiam colocar explosivos nas instalações de poderes públicos, CNE, comando da Guarda Nacional, na base aérea de La Carlota", afirmou o ministro na televisão estatal, ao mostrar fotos dos detidos e o material apreendido.

Segundo o relatório, vários dos sindicados fizeram parte dos protestos contra Maduro que deixaram 125 mortos entre abril e julho de 2017.

A operação que terminou com as prisões deu continuidade a outra na qual Óscar Pérez, foi morto, em janeiro. O ex-piloto da polícia lançou granadas de um helicóptero e disparou contra edifícios do governo em junho de 2017, sem deixar vítimas.

Segundo Reverol, os acusados também têm vínculos com o ex-ministro da Defesa Raúl Baduel, que atualmente está preso.

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